sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Com o lado da manteiga virado pra cima

Novos tempos no Monumental do Pari, o nosso Canindé.

No ano passado cansamos de ver a Portuguesa jogando muita bola, de encher os olhos mesmo, mas no final era sempre a mesma coisa. A ponto do Muricy Ramalho, na penúltima rodada, perguntar pra um repórter, ainda no campo, quanto tinha ficado o jogo da Lusa. Quando soube da nossa queda, disse, com tristeza: ‘não merecia, não merecia’.

Agora o que se vê é um futebol e resultados em estado bruto. Não digo que estejamos jogando mal. Estamos jogando feio, extremamente feio. Mas está dando certo.

Nossa estreia na Copa do Brasil, contra o Icasa, foi mais um jogo desses. Mas ao contrário dos outros jogos sob o comando do Mário Sérgio, nesse, sim, nós jogamos mal. Talvez por estar com a cabeça no clássico. Quero crer que sim.

O que me incomodou foi a postura inicial do time. É sabido que os times menores que jogam a Copa do Brasil querem, ao menos, garantir o jogo da volta, pois é na volta que eles aparecem, jogando em praças mais visíveis, digamos assim. Portanto, quem teria que sair pro jogo era justamente a Portuguesa. Mas o que vimos foi um time desinteressado, recuado. Só buscou o gol na metade final do segundo tempo. E conseguiu num lance de sorte, o que normalmente não acontece com a Lusa. Ou o estimado leitor é capaz de lembrar de um jogo, apenas um, no qual evitamos a derrota com um gol contra nos acréscimos?

Com o empate com golos, agora quem tem a obrigação de marcar gol é o Icasa. Zero a zero, dá Lusa.

Pois é. Nosso futebol não vem sendo dos mais bonitos, mas que fazia tempo que nosso pão não caía com o lado da manteiga virado pra cima, ah, como fazia…

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