domingo, 5 de abril de 2009

Nada a ser dito

Esta não será uma coluna fácil de ser escrita. Difícil, mesmo depois de algumas horas, externar o que sente um torcedor com um nó na garganta, nó este que custará pra ser desfeito. Alia-se a isso, ainda, os olhos marejados e os embargos na voz. São reações naturais de quem mantém-se incrédulo com o que viu e sentiu.

Não está sendo fácil escrever esta coluna. Já amassei sete textos, pois em nenhum deles fui capaz de sintetizar minha amargura. Tenho certeza que não conseguirei. Assim como não conseguirei assimilar o golpe de hoje. Já me decepcionei muitas vezes, mas como hoje, nunca. Assim como nunca havia chorado por causa de uma derrota. Mas não há muito para ser dito. Em momentos assim, melhor a introspecção, o silêncio, pois nada que se diga ou se ouça servirá pra amenizar a dor da perda.

Poderia esbravejar por conta dos golos perdidos, dos pontos desperdiçados em casa, das trocas de comando, do pênalti besta a favor do Santos. Mas não. Nada disso servirá como consolo. Melhor mesmo o silêncio.

Não foi fácil escrever esta coluna.

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