sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Uma casa de favores

Antes de mais nada, estimado leitor, perdoe-me por insistir no assunto, mas fazem-se necessárias algumas considerações sobre o STJD.

A Portuguesa, sabe-se, perdeu o mando de campo, por três jogos, em virtude do quiproquó ocorrido nos balneários lusos após a derrota contra o Vila Nova. Não é preciso re-escrever aqui os fatos. Pois bem. O (péssimo) árbitro paulista Rodrigo Martins Cintra, que prejudicou o Botafogo no jogo contra o Grêmio, foi cercado pela gente botafoguense na saída do gramado. Até aí, normal. Porém tentaram invadir seu vestiário, o que valeu denúncia por parte da procuradoria do tribunal.


O caso foi julgado e o clube da estrela-cadente solitária foi prontamente absolvido, sem maiores problemas ou repercussões. Mais uma vez o tribunal fez o preço de acordo com a cara do freguês. Ainda mais sendo o réu um time do Rio, o resultado era perfeitamente previsível. A alegação dada para absolver o time carioca é um escárnio só: o Botafogo, de acordo com o tribunal, vem sendo constantemente prejudicado pela arbitragem, portanto seria uma insensibilidade puní-lo ainda mais.

O que salta aos olhos, ouvidos e qualquer coisa que o valha é que o caso do Fogão foi muito mais grave que o da Lusa, pois envolveu gente de fora do clube, ao contrário do que houve no Canindé, que foi um assunto interno que, dada a comoção causada pela imprensa, deu no que deu. É como se, guardadas as proporções, condenassem um réu por tentativa de suicídio e absolvessem outro tentou matar alguém.

É por causa desse tipo de favorecimento que o STJD perde o pouco que resta da sua credibilidade, deixando de ser um tribunal para virar uma casa de favores.


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