quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Alea jacta est!

As Eliminatórias para a Copa de 2010 chegam, finalmente, no momento de decidir as últimas vagas. Quem pegará a raspa do tacho, como diria o grande mestre Silvio Luiz, é o que será decidido nas repescagens. São seis vagas: quatro na Europa, uma nas Américas e uma entre Ásia e Oceania.

Façamos, pois, um exercício de análise e adivinhação (é mais divertido). Começando pelo confronto já em andamento, Nova Zelândia e Bahrein decidirão, no dia 14 próximo, quem terá o direito de ser sparring na Copa. O primeiro jogo já foi uma "bela" mostra do que nos aguarda na África: um 0 a 0 horroroso, perfeito para tratamento de insônia. Não aposto em ninguém, mas como Bahrein é um nome mais bacaninha de ser dito...

Nas Américas, Costa Rica e Uruguai farão um duelo interessante. A equipe caribenha, dirigida pelo bigodudo Renê Simões, tinha o passaporte aberto, quase carimbado. Vencia os estadunidenses por 2 a 0, mas permitiu o empate, no último lance, cedendo a vaga para Honduras. Seu adversário, o Uruguai, conseguiu a vaga graças ao Chile, que bateu o Equador e evitou a precoce eliminação dos nossos vizinhos do sul. Como camisa ainda pesa em jogos deste tipo, cravo "seco" na Celeste, de Lugano e Forlan.

Na Europa, quatro embates que prometem esquentar o outono do Velho Mundo: França e Irlanda, Rússia e Eslovênia, Grécia versus Ucrânia e Portugal contra Bósnia.

A França terá, de longe, a parada mais indigesta dentre os chamados favoritos. A pragmática Irlanda chegou invicta à repescagem, empatando seis dos seus dez jogos. É um time chato demais e chega sem pressão ou, pelo menos, sua pressão é bem menor. A favor dos galícios pesa apenas a camisa, pois os Bleus ainda não pegaram no breu, ressentindo-se, ainda, da falta do maestro Zizou. Aqui, creio que a zebra vista-se de verde e a Irlanda passe.

Rússia e Eslovênia tem tudo pra ser um duelo legal. São duas escolas parecidas - a soviética e a iugoslava -, mas, ainda assim, o time dirigido pelo ótimo Guus Hiddink deverá passar sem sustos, e veremos Arshavin e cia. na Copa.

Grécia e Ucrânia deve ser outro teste de paciência. Fora dos mundiais desde 1994, quando não anotaram um tento sequer, os helênicos há muito não chegam tão perto da vaga. O problema é que seu time não é nenhum Apolo, e ainda terão pela frente o time do Schevchenko que, apesar de já ter dobrado o Cabo da Boa Esperança, ainda impõe respeito. Isso posto, minha aposta é na Ucrânia.

Finalmente, a contenda mais esperada de todas, pelo menos por este que vos escreve. Portugal e Bósnia. É evidente como dois e dois são quatro que a Selecção das Cinco Quinas é favorita, mas não deve ter um adversário tão fácil à frente. A Bósnia conta com o atacante Dzeco, destaque do campeão alemão Wolfsburg. Além do mais, a Bósnia também vem da escola iugoslava, que privilegia o toque de bola. Pelos lados ibéricos a nau lusitana finalmente navega em águas calmas. Carlos Queiróz parece ter dado feições de equipe para uma esquadra outrora soberba, que agora age e joga com humildade, como deveria desde o início. A despeito do possível desfalque de Cristiano Ronaldo, minha aposta é em Portugal, com alguns sobressaltos, mas a vaga será nossa!

Enfim, a sorte está lançada. Agora é esperar pra ver quem carimbará o passaporte.

Sem comentários: