sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Educação

*Por Thiago Albino

Pela segunda vez o técnico do Palmeiras, Luis Felipe Scolari, agrediu verbalmente os repórteres enquanto concedia entrevista coletiva após o jogo, entre Atlético-MG x Palmeiras, pelas quartas de finais da Copa Sul-Americana. Desta vez, o técnico da equipe paulista xingou todos os repórteres ali presentes de palhaços.

Um detalhe que chamou atenção foi o xingamento direto para um dos jornalistas, como se houvesse uma desavença particular por parte do senhor Luis Felipe Scolari para com o repórter.

Vale lembrar que a primeira agressão foi em cima de um jornalista após ter perguntado sobre a lesão do chileno Valdívia, que saiu sentido a coxa ainda na partida entre Corinthians x Palmeiras, em que o Timão ganhou por 1x0.

Espera ai, né, Felipão? Educação se aprende desde cedo. Tudo bem que, nitidamente, o jogo foi a favor do Atlético-MG, com erros grotescos da arbitragem, mas descontar a raiva no profissional que está ali exercendo sua função já é demais.

É claro que, muitas vezes, o jornalista distorce o tema em questão, mas é a função dele, o objetivo é levar informação ao público. Além de que, não houve agressão alguma na pergunta, que foi em relação aos lances polêmicos da partida.

No final das contas, o jogo terminou 1 a 1. No jogo de volta, a equipe palestrina pode empatar por 0x0 que ainda avançará à semi-final da Copa Sul-Americana.

*Thiago Albino, 19 anos, estudante de jornalismo.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vascão afunda Timão

Por Thiago Albino*

Eis a pergunta: O que está acontecendo com o Coringão? O Corinthians teve tudo para diminuir a vantagem em relação ao líder Cruzeiro, mas acabou sofrendo sua quarta derrota nos últimos seis jogos no Brasileirão.

O time paulista foi até São Januario enfrentar o Vasco da Gama, e tomou 2x0 ainda no primeiro tempo, com um gol de Zé Roberto (impedido), e outro de Éder Luis. A partida foi válida para repor uma rodada do primeiro turno, já que ambos tinham um jogo a menos.

Em campo, a equipe corintiana mal conseguia chegar ao gol adversário, e quando chegava, finalizava errado, mostrando a falta de qualidade no ataque. É claro que, com as contusões dos principais atacantes do Corinthians, o time caiu de rendimento, mas ninguém esperava chegar a tanto. O time está com um ataque fraco, sem potência.

Com seis jogos sem vencer, sem técnico, o que será do Corinthians? O que vinha sendo um campeonato tranquilo, se tornou um pesadelo. O torcedor, claro, está abismado: como o time caiu tanto de rendimento desse jeito? Talvez uma pergunta que nem mesmo os jogadores saibam responder.

Thiago Albino, 19 anos, estudante de jornalismo

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Centernada

* por Thiago Albino


Na minha última postagem sobre o Corinthians comentei sobre o que poderia acontecer com o time paulista caso ele desperdiçasse chances concretas de assumir a liderança do Brasileirão, novamente, e de ser campeão brasileiro.

Bom, tudo está caminhando para a não conquista do título, e se bobear nem com a classificação para a Taça Libertadores do ano que vem. Dessa vez, o time alvinegro perdeu de virada para o Atlético-MG, fora de casa, pelo placar de 2 a 1. Para piorar ainda mais a situação, aos 5 minutos do primeiro tempo, o atacante Dentinho, que voltava de contusão após longos meses afastado, se contundiu novamente, deixando o elenco corintiano com mais um atacante machucado. Fora Dentinho, Jorge Henrique e Ronaldo também estão no departamento médico.

O Corinthians continua com aquela mesma crise de conseguir jogar bem no primeiro tempo, mas no segundo tempo parece acontecer um apagão entre os jogadores. Cabe ao técnico Adilson Batista arrumar isso, não?

Nas últimas três rodadas, de nove pontos disputados, apenas dois pontos foram ganhos pelo clube paulista e, o pior, jogando dois jogos em casa. Está na hora de os jogadores abrirem os olhos, caso contrário, o centenário do Timão vai passar em branco.

*Thiago Albino, 19 anos, é estudante de jornalismo.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A fantástica fábrica de crises*

E o Palmeiras segue mostrando sua incrível capacidade de criar as próprias crises. Não importa o que aconteça, o time verde estará, pelo menos, à beira de uma.

Como se fosse um carma, o time do Parque Antártica, desde que foi rebaixado em 2002, nunca mais foi o mesmo, nunca mais teve um período duradouro de paz. Volta e meia a crise aparece e isso reflete no time, no gramado em que a luta o aguarda. Os bastidores verdes são uma guerra. O fantasma Mustafá Contursi ainda arrasta suas correntes pelos corredores do Palestra Itália, numa espécie de maldição.

Quando Mustafá saiu, conseguiu fazer seu sucessor, Afonso Della Mônica, que, tão logo assumiu, rompeu com o antecessor. Com ele, o homem forte do futebol era Salvador Hugo Palaia, que ficou mais famoso pelos pitos passados em público no então treinador Tite e pela célebre e folclórica auto-entrevista do que pelos feitos do seu departamento.

A escassez de títulos aliada à interferência do grupo do antecessor fez com que o presidente Della Mônica saísse sem deixar saudades. Como tudo é esquisito no Jardim Suspenso do Parque Antártica, Della Mônica também conseguiu eleger seu sucessor. Palaia, que não ficou, saiu atirando. Assumiu o Professor Luiz Gonzaga Belluzzo, homem de capacidade extraordinária e tido como grande conciliador. Economista respeitado em setores dos mais inóspitos, como política e economia, Belluzzo costurou o acordo que trouxe a Parmalat, lá no início da década de 1990. O sucesso da parceira todos conhecem.

Ninguém, portanto, em sã consciência, duvidaria da sua capacidade para segurar o rojão verde. No entanto o futebol, como senhor caprichoso que é, tem suas peculiaridades e é capaz de transformar gestores competentes em grandes decepções. No ano passado, após a derrota para o Tricolor carioca, no Maracanã, Belluzzo disse que se encontrasse o árbitro do jogo, Carlos Eugênio Simon, daria uma porrada nele. E dá-lhe suspensão - e crise, é claro. Em campo, jogadores trocavam sopapos e um título quase certo se transformou em perda até da vaga para a Libertadores.
-
Agora o presidente teve que ser internado às pressas para uma cirurgia cardíaca. Como o destino é mais caprichoso do que o futebol, a presidência caiu no colo justamente de Palaia, que já foi dissolvendo todo o Departamento de Futebol, num claríssimo gesto de vingança, como quem usa o clube para desopilar o fígado.

De algumas semanas para cá mais se tem falado em problemas como atraso de direito de imagens do que do próprio time de futebol. Felipão, que voltou sebastianamente para o clube, não consegue emplacar uma sequência de bons resultados e ainda tem que aplacar a insatisfação de alguns jogadores, como Valdívia, que fez beicinho ao ser substituído a cinco minutos do final do clássico contra o Santos. Scolari, que não é de adular ninguém, avisou que quem manda é ele. Como em-casa-que-falta-o-pão-todo-mundo-grita-e-ninguém-tem-razão, a fantástica fábrica de crises do alviverde segue a todo vapor. E Willy Wonka para tocar é o que não falta.

*agradecimento ao jornalista Fábio Lucas Neves, da TV Bandeirantes

sábado, 2 de outubro de 2010

Sobre a presunção

O São Paulo sempre foi tido como um exemplo de administração. O clube sempre se gabou de não precisar de parceiros para tocar o futebol, pois essa história de co-gestão não funciona no Morumbi. É consenso, inclusive em boa parte da imprensa, que o Tricolor é o clube brasileiro que melhor se adequou ao monstrengo chamado de Lei Pelé. Afinal, ninguém ganhou mais dinheiro transacionando jogadores do que o São Paulo (mesmo que, para isso, tenha o pessimo hábito de aliciar garotos da base de outros clubes). Enquanto os outros, pobres co-irmãos, têm em seus quadros os conselheiros, o presunçoso representante da nobreza paulistana também os tem, mas sob a pomposa alcunha de cardeais.
.
Os são-paulinos são diferentes em tudo. Desdenham das fases iniciais dos campeonatos porque, para eles, o filé-mignón, a decisão, é o que interessa. É aí que batem no peito e lotam o Morumbi, "o maior estádio particular do mundo", segundo eles. Outro "diferencial" tricolor é a apresentação dos uniformes: times comuns as fazem ou na própria sede social ou em alguma grande loja de artigos esportivos. O São Paulo não! Seus concorridos eventos são realizados na Oscar Freire. É mais fashion, né?
.
Essa conversa de que o São Paulo Futebol Clube está um passo além da concorrência até que era, de certa forma, verdade. Desde que a fórmula de disputa do Brasileirão mudou para os pontos corridos, quem melhor se houve foi o Tricolor. Este tipo de campeonato premia o time que for mais regular durante a disputa e, para tal, é necessário que haja planejamento, e o planejamento deve andar de mãos dadas com uma estrutura bem sólida, coisa que ele, o São Paulo, tem. Outro consenso é que o clube contrata com competência ímpar graças à excelente comissão técnica, que, aliás, é fixa. Um luxo no oásis de desorganização chamado futebol brasileiro.
.
A grandeza de um clube é forjada através dos tempos. Como no Brasil o campeonato nacional é recente, se comparado a outros países, muito da história dos grandes clubes foi feita com os campeonatos estaduais. Com o advento do Campeonato Brasileiro, entretanto, já não bastava ser o melhor da sua rua. Tem que ser o melhor do bairro. Depois que competições internacionais como a Libertadores e o Mundial ganharam a projeção que têm, ser o melhor do país já não era tão importante assim. Agora deve-se ganhar o mundo. Outra coisa que não seja isso parece não ter importância.
.
Eis o maior problema do São Paulo Futebol Clube. Depois que conquistaram a América - e o mundo -, os outros campeonatos passaram a valer menos do que nada. Em quase quarenta anos de disputa do Campeonato Brasileiro, o São Paulo é o único time a vencê-lo por três anos seguidos, sempre sob o comando de Muricy Ramalho. Como o treinador cometeu o pecado de não ganhar a Libertadores, foi enxotado do Morumbi. Não por coincidência, ninguém mais conseguiu emplacar um bom trabalho no clube.
.
Há pouco tempo atrás, Rogério, o goleiro-craque-capitão-bandeira (sem ironia), disse que não conseguia imaginar o São Paulo fora da maior competição sulamericana. Um bom tempo depois foi a vez do boquirroto Carlos Augusto Barros e Silva dizer que a Copa do Brasil não está à altura do clube. Juvenal Juvêncio, o presidente, não é dos mais humildes. Eis que o São Paulo perdeu a mão não só nas contratações, mas no planejamento. Sob a ilusão de ser o sonho de todo jogador, sujeitou-se a virar reformatório de jogadores problemáticos, como Carlos Alberto e, principalmente, Adriano.
.
Pelo visto, depois de seis anos consecutivos disputando a Libertadores, o time do Jardim Leonor terá que se contentar em juntar-se aos pobres e jogar a Copa do Brasil. Para tanto, terá que voltar a ser humilde, como nos tempos em que era treinado por um homem que, ao contrário dos que estão no comando do clube, sabia detectar limitações. Afinal de contas, não é só no dicionário que a arrogância aparece antes do fracasso.

Desse jeito só Libertadores

*por Thiago Albino

O Corinthians enfrentou na noite de quarta-feira, 28, a equipe do Botafogo, pela 26ª rodada do Brasileirão, no Estádio do Pacaembu. O jogo terminou empatado por 1 a 1, com gols de Bruno César, para o Corinthians, e Sebastian "El Loco" Abreu, para a equipe carioca. Com esse resultado o Corinthians fica a três pontos - e um jogo a menos - do líder, o tricolor carioca, que venceu o Avai fora de casa por 1 a 0, com o gol salvador de Dario Conca.
.
A equipe paulista não está jogando mal, o meio-campo corintiano está consistente, com boa troca de passes, o ataque tem feito gols, com Iarley, que finalmente desandou a fazê-los, e Jorge Henrique, sempre dando trabalho a equipe adversária.
.
O que está preocupando é a defesa alvinegra. Com a demora para Chicão se recuperar de lesão (o que é estranho), o escolhido para substituí-lo foi Paulo André, formando dupla de zaga com o capitão Willian, que por sinal, vem cometendo algumas gafes em certos jogos.

Paulo André não é um zagueiro ruim, mas também não é dos melhores. O Corinthians contratou o zagueiro Thiago Heleno, ex-Cruzeiro, que sempre fez boas atuações na equipe cruzeirense. Agora, por que não colocá-lo em campo e ver do que ele é capaz?

Enfim, a equipe do Botafogo não é ruim. Pelo contrário, está brigando por uma vaga na Libertadores do ano que vem. Entretanto, um time que quer conquistar um titulo e salvar o ano de seu centenário deveria prestar mais atenção, e não ficar contando com um jogo a menos para passar o líder, ou desperdiçando os jogos dentro de casa. As rodadas estão passando e, desse jeito, só Libertadores.

*Thiago Albino, 19, é estudante de Jornalismo

O que é isso, São Paulo?

*por Thiago Albino
Depois de ter perdido para o Goiás por 3x0 em pleno Morumbi, o São Paulo tomou mais uma lavada. Desta vez, quem não teve dó da equipe Tricolor paulista foi outra equipe de três cores, só que gaúcha. O Grêmio recebeu o São Paulo no estádio Olímpico, buscando melhor aproveitamento dentro de casa, já o São Paulo buscava reabilitação.Tudo foi muito bonito, o Grêmio acabou vencendo a equipe visitante por 4x2.

O que vem chamando a atenção é a equipe paulista não conseguir se aproximar do G-3, ficando mais distante da zona de classificação para a Libertadores do ano que vem.

Acaba sendo até engraçado pois certa vez Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, diretor de futebol do clube, em entrevista ao programa Jogo Aberto, da Band, disse que o São Paulo não era time de disputar a Copa do Brasil, menosprezando os times que participam do campeonato e buscam a classificação para a Copa Libertadores.

Analisando essa situação, o feitiço está virando contra o feiticeiro. Caso isso venha a acontecer, o que dirá o Sr. Leco? O São Paulo tem condições de ganhar o título?

Quero só ver...
*Thiago Albino, 19, é estudante de jornalismo