Por Leandro Marçal*
Matamos porque roubamos. Matamos porque reagiram. Matamos porque não reagiram. Matamos porque eles não tinham.
Matamos porque torcemos. Matamos porque eles torcem. Matamos porque não torcemos pelos mesmos. Matamos porque brigamos.
Matamos porque policiamos, servimos e protegemos.
Matamos porque roubamos. Matamos porque reagiram. Matamos porque não reagiram. Matamos porque eles não tinham.
Matamos porque torcemos. Matamos porque eles torcem. Matamos porque não torcemos pelos mesmos. Matamos porque brigamos.
Matamos porque policiamos, servimos e protegemos.
Matamos porque governamos, matamos porque temos poder, matamos porque corrompemos.
Matamos porque cremos. Matamos porque eles creem. Matamos porque eles não creem. Matamos porque eles creem diferente de nós.
Matamos porque discutimos, porque passamos do ponto, porque dirigimos e não levamos desaforo pra casa.
Matamos porque odiamos.
Ah, às vezes matamos até quando amamos.
Matamos enquanto trabalhamos, enquanto estudamos, enquanto nos divertimos, enquanto bebemos, no momento em que nos drogamos.
Matamos porque negligenciamos.
Matamos porque queremos, porque podemos.
Principalmente porque não pensamos.
Mais ainda porque não somos humanos.
Matamos porque...
Matamos por quê?
Matamos por quem?
Matamos até quando?
*Leandro Marçal é um jornalista de 23 anos, torce pelo tricolor paulista
e por um mundo menos hipócrita e com mais bom humor.
E, apesar do nome de sambista, é incapaz de tocar um reco-reco.
Ainda assim, é o Rei da Noite de São Vicente.
e por um mundo menos hipócrita e com mais bom humor.
E, apesar do nome de sambista, é incapaz de tocar um reco-reco.
Ainda assim, é o Rei da Noite de São Vicente.