terça-feira, 22 de março de 2011

Navegar é preciso, vencer também

Bons ventos voltam a soprar a caravela lusitana na luta pela chegada ao porto dos quartos-de-final do Paulistão. Não que eu me iluda com a goleada contra o Mirassol, embora se tratasse de uma equipa distante oito pontos da Lusa. Chegou a liderar, inclusive.


O que me deixa um pouco confiante, de fato, é o conjunto de fatores que cerca a evolução da Portuguesa, desde a chegada do treinador Jorginho "Cantinflas". Foram seis partidas, três vitórias e dois empates. A única derrota foi no clássico frente ao claudicante Santos.
O comediante mexicano Cantinflas


Não serei extremista a ponto de comemorar todas as jornadas bem conseguidas ou amaldiçoar o revés para o Cirque du Soleil caiçara, afinal perdemos por três bolas a zero para uma equipa em declínio, técnico e comportamental, mas naquela noite um Neymar inspirado pegou pela frente um Maurício de sempre. Da mesma forma, a vitória contra o Bangu, atual lanterna da Taça Rio, não foi suficiente para a apuração na Copa do Brasil.


Outro motivo para animar a gente lusa: Jorginho é cria da Lusa. Não só da base, mas das bancadas. Principalmente por isso ele conhece os meandros do clube e como o que se passa nos quiosques do Canindé tem peso no relvado. É inegável, pois, que o time evoluiu. Não toma tantos golos e passou a fazê-los.


Basta esperar para ver se a calmaria é definitiva ou o mar voltará a ficar revolto. Navegar é preciso; vencer também.

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