sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O preço da ganância

Como já é sabido, a Portuguesa perdeu o clássico contra o Corinthians, que foi disputado no estádio do Pacaembu na noite de quarta-feira. Como também é da ciência de todos, apesar de o jogo ser no estádio municipal, o mando era da Lusa. E a diretoria rubro-verde não só abriu mão do mando, o que é discutível, como o deu para o adversário, o que é inaceitável.

A versão oficial da direção do time do Canindé para justificar a inversão foi a possibilidade de obter uma renda maior. Não discuto a necessidade de que seja necessário fazer caixa, mas daí dar o mando para o adversário vai uma diferença descomunal.

Um clássico, qualquer que seja, é marcado pelo equilíbrio e, dessa forma, um detalhe pode fazer a diferença. Não quero dizer que se o jogo fosse no Canindé a Portuguesa massacraria o oponente, mas as possibilidades de vencer seriam maiores, bem maiores. Se é pra fazer caixa, que mantivessem o jogo no Dr. Osvaldo Teixeira Duarte e liberassem a maior parte dos ingressos para o distinto co-irmão.

Mas não! Por meia dúzia de moedas abriu mão de jogar em casa. O mais perto da condição de mandante que o time do Jorginho chegou foi usar o balneário de número um, o que não significa absolutamente nada. Resultado: o Corinthians jogou em casa, o que era tão certo quanto dois e dois são quatro, venceu e o saldo líquido da bilheteria proporcionada pelos cerca de seis mil pessoas que foram ao Pacaembu foi de pouco mais de vinte e quatro mil reais.

Há muto tempo a Portuguesa quer respeito, quer ser tratada como grande. No entanto, deve se dar o respeito para tal, pois se vende o mando de campo por uns caraminguás quaisquer, pode colocar mais duzentos mirréis e combina também o placar do jogo. De qualquer forma, o saldo seria positivo, pois quem se vende sempre recebe mais do que realmente vale.

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