segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Tempo de maturação

A Portuguesa vive um tempo de dificuldades na disputa pelo título do Paulistão. O futebol vistoso do ano passado deu lugar a um time que ainda prioriza a posse de bola, mas dá a sensação de que tenta correr na subida. É um futebol amarrado, claudicante, de muita dificuldade e pouca penetração. A despeito dos erros de arbitragem que (como sempre) têm nos atrapalhado, o desempenho não é o mesmo.
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O motivo para a queda do rendimento é claro: a saída de dois jogadores. Deixaram o clube do Canindé jogadores-chave como Edno e, sobretudo, Marco Antonio. Estes eram os dois que faziam a Barcelusa funcionar. Edno era o desafogo, aquele que rompia as defesas contrárias na base da força, além de trazer a marcação para si, abrindo espaços para os meias e volantes que chegavam de trás com excelentes possibilidades de marcar. Já Marco Antonio era o diferencial. Aquele dos passes precisos e profundos, que fazia da bola parada uma arma letal, que ditava o ritmo da equipe do técnico Jorginho.
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Sem eles, a Lusa tornou-se um time comum, como tantos outros, e é preciso que haja tempo para o time reaprender a jogar. Jorginho tem toda capacidade de fazer o time render, não da forma que era antes, pois não tem jogadores à mão para que exerçam a função dos que sairam.
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Agora cabe à diretoria arrumar uma forma de trazer atletas que possam preencher as lacunas. A chegada de um homem de referência, uma carência vista no time durante boa parte da época passada, como Ricardo Jesus, veio muito a calhar.
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Dois jogadores que encaixariam como caneta em orelha de comerciante português seriam Diogo e Zé Roberto, que têm condição de exercer as funções dos que se foram. São aquisições complicadas, difíceis e caras, principalmente porque trata-se de atletas de que têm mercado.
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Enquanto não chegam, se é que chegarão, o jeito é esperar que a equipa lusa ganhe corpo, pegue no breu. Sem comparações com o time do ano passado. A Barcelusa passou e, dificilmente, voltará nos mesmos moldes. Mas dá para jogar com objetividade, mesmo sem tanta beleza. E o nosso Cantinflas pode arrumar isso, mais que qualquer um.  

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