sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O ar de sua graça

Era para ser uma reapresentação de jogadores menos turbulenta. Começo de ano, todos voltando com a cabeça mais tranquila, descansados e focados nos objetivos a serem cumpridos na temporada 2013.

Infelizmente a palavra turbulência segue fixada no Palmeiras, assim como uma trave, que depois de atingida pela bola, continua lá, paralisada, no mesmo lugar. É uma comparação até injusta. A trave, coitada, não tem a opção de se mexer, tem que ficar lá, levando boladas sem poder fazer nada.

Enfim, era para ser um dia tranquilo no CT da Barra Funda. Terminadas as férias, hora de voltar ao batente, deixando de lado até mesmo a lentidão da cúpula alviverde na renovação de contrato do Marcos Assunção e as pouquíssimas contratações feitas até agora, como Ayrton, lateral-direito que estava no Coritiba, e o arqueiro Fernando Prass, ex-Vasco. Mas não foi isso que aconteceu.

Ao se deparar com o campo onde os atletas faziam um treinamento leve, jornalistas ali presentes perceberam que faltava alguém. Alguém que passou o ano de 2012 inteiro sendo notícia, e se engana quem pensa que foram boas. Valdívia, o ídolo daqueles que o consideram um gênio, como o presidente Tirone, não deu o ar da sua presença no treino. Simplesmente faltou, sem dar satisfação alguma.

A falta de comprometimento no inicio de uma pré-temporada já demonstra a pouca preocupação que o chileno tem para o clube, em um ano difícil não só pelo elenco que deve ser no mínimo competitivo para as competições futuras, mas também pela eleição presidencial que está batendo na porta.

O comandante do território, Gilson Kleina, deixou claro que espera contar com o jogador. Sem dúvida o meia ajudaria bastante se estivesse apto a praticar o futebol, mas as seguidas lesões e as notícias extra-campo deixam Valdívia cada vez mais perto de cair na sua cova, que o próprio fez questão de cavar e continua cavando. Talvez ele vá esperar cair para querer subi-la.

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