quarta-feira, 26 de maio de 2010

A vitória e o ranheta

Estou meio rabugento, hoje. Para falar a verdade, a vida não tem sido fácil neste ano. Parece que tudo cai sobre a minha cabeça, de uma só vez. A ponto de eu ouvir o jogo da Lusa contra o Santo André com o mesmo entusiasmo que se tem ao dançar com a irmã.
E olhe que foi um jogaço. Não do ponto de vista técnico, mas emoção não faltou. O Santo André, que foi vice no Paulistão, estreava uma dupla de ataque: Anderson Gomes e Borebi; pela Lusa, surpresas no mesmo setor: Héverton liberado, após ver sua pena revertida em multa, e Kempes, que substituiu nosso (muito) grande Luiz Carlos.
Eles foram os responsáveis por todos os golos. Primeiro, Borebi, de bicicleta, após (mais uma) falha do Preto Costa. Logo em seguida, Kempes empatou. Perdemos umas boas chances, aí o Ramalhão voltou à frente, com o outro estreante do ataque, Anderson Gomes, após falha do "goleiro" Andrey. "É hoje...", pensei. Mas a coisa inverteu: o time do ABC teve a chance de ampliar, mas não fez. Então Kempes brilhou de novo. Até o final do primeiro tempo pouco aconteceu e as equipes desceram pros vestiários com um surpreendente 2 a 2.
Logo no início do segundo tempo, jogadaça do Athirson e pênalti pra nós. Lá foi Héverton chamado à prova e não falhou: virada lusitana, consolidada logo depois, com novo gol do Heverton, cinco minutos mais tarde. A partir daí foi um comboio de golos perdidos pela Lusa. Até que o ex-boxer-palmeirense Maurício resolveu falhar também e Borebi marcou mais um. Daí até o final foi um sufoco desgramado. Não só pelas seguidas falhas da retaguarda rubroverde, mas também pelo desperdício do pródigo ataque luso.
Por fim, o placar foi justo e o jogo deixou algumas impressões: Athirson, se não se machucar, será o maestro da volta à Série-A; o Andrey não pode jogar na Portuguesa e nossa zaga é simplesmente medonha. Pois é, mesmo com a vitória eu continuo rabugento.

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