quarta-feira, 3 de outubro de 2012

As maravilhosas invenções de Mano Menezes

* por Douglas Sato


Desde 2011, quando Mano Menezes assumiu o Selecionado Nacional, o torcedor brasileiro já se acostumou cm as "invenções" do treinador. Nos últimos anos, o comandante não vem dando trégua nas suas convocações, sejam elas para amistosos, torneios oficiais e até a ressurreição da Copa Rocca, o Superclássico das Américas. 

Separei apenas 12 nomes, os que mais me chamaram a atenção neste período de testes e de afirmações na Seleção Canarinha.

Um dos nomes mais marcantes entre as invenções de Mano foi Douglas. O meia, então vestindo a camisa do Grêmio, foi chamado para o jogo (de verdade) contra a Argentina e acabou perdendo uma bola para Messi, o que resultou no gol da vitória portenha, no último minuto. Foi a primeira e última vez que o jogador, atualmente no Corinthians, jogou pelo Brasil. Até hoje ele busca se firmar no seu time.

Outro nome tirado da cartola, o médio Cícero é um jogador polivalente, que desempenha muitas funções no São Paulo. Mas até aí ser chamado para a Seleção que jogou o Superclássico da Américas de 2011 é demais! O cara não é titular nem no São Paulo e ganha a chance no lugar de outros profissionais mais gabaritados para a posição. 

O goleiro Renan foi outro achado! Ele não conseguiu se firmar em nenhum clube que jogou, mas foi um dos 13 goleiros convocados na Era Mano. Lembrando que ele chegou ao Corinthians com pinta de "Novo Dida" e, sem engrenar, foi emprestado ao Vitória e hoje defende o Estoril Praia, de Portugal. 

Em um dos setores mais carentes, o lateral esquerdo Cortez foi outro caso de ascensão e queda meteórica. Convocado para jogar o Superclássico, ele brilhou, mas não manteve seu futebol e foi esquecido.


Talvez uma das maiores surpresas de todos os tempos, o meia Renato Abreu apareceu do nada na mesma convocação e fez o que já fazia no Flamengo, ou seja, nada. Mesmo assim, ele é um vencedor. Em março deste ano, foi constatado que ele tinha um problema cardíaco e que precisava de uma cirurgia, realizada com sucesso. Agora pode aterrorizar os gramados brasileiros com seu belo futebol.

Copa Rocca, Superclássico das Américas, atraso de vida para os clubes brasileiros. Mas tirando isso, as convocações de Mano Menezes sempre causam surpresas e trazem que dificilmente são chamados de novo. Foi o caso do botafoguense Elkeson, que não apareceu em nenhuma outra lista de Mano, nem no próprio futebol brasileiro.

O meia Jucilei também foi convocado e depois foi esquecido no Anzhi, da Rússia. Mano tem preferido chamar Ralf e Paulinho ao atleta. Eles, aliás, têm agradado a mídia em geral.

Um dos poucos com qualidade, que chegou a ser lembrado e já foi esquecido, foi Fernandinho, do Shakhtar da Ucrânia, foi convocado, jogou, não agradou e mesmo ser fazer um papel relevante na seleção brasileira é ídolo na Ucrânia e comanda a equipe do Mircea Lucescu.

Na defesa, o zagueiro Émerson é bom jogador, mas não é sempre que um técnico abre espaço para alguém do Coritiba. Resumo: não fez nada e ainda não faz pelo Coxa Branca que luta para não cair para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Da nova safra de atletas do Santos, o médio Henrique despontou na equipe da baixada Campeã da Libertadores de 2011. Mas após a convocação ele caiu de produção e nunca mais foi lembrado, hoje ele é apenas mais um num elenco movido a Neymar.   

Uma das maiores invenções sem sombras de dúvidas é o zagueiro Bruno Uvini, ex-São Paulo. As críticas em cima do defensor são justamente porque o atleta não tinha espaço algum no Tricolor do Morumbi. Bruno, porém, foi à Olimpíada credenciado por ter sido o capitão da seleção na campanha do título do Mundial sub-20. Nos amistosos preparatórios, ainda foi titular contra a Argentina e um dos responsáveis pela marcação de Messi. Mas, em pouco mais de dois anos de notoriedade o atleta só despontou aos olhos de Professor Aéreo Menezes.

Por fim, o lateral-esquerdo, direito, volante, atacante, médio e sei lá mais o que, Alex Sandro, surpresa em amistosos e torneio oficiais, uma das piores apostas de Mano Menezes até hoje. Atleta apático, mas com o selo de confiança do Mano, se nem no Santos de 2011 ele era bom, e olha que em 2011 o Santos era um timaço, porque na seleção ele será?



* Douglas Sato tem 23 anos, é músico e estudante de Jornalismo 
(nesta ordem) e, nas horas vagas, é imitado pela dupla Cesar Menotti e Fabiano. 

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