segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Futebol que não é só para japonês ver

* por Vinicius Carrilho

Neste final de semana, alguns brasileiros puderam começar a acompanhar a reta final de um dos campeonatos mais emocionantes do mundo. Uma competição que todos os anos conta com vários favoritos ao título e que geralmente é decidida apenas na última rodada. Falo da sempre agradável J-League, o campeonato japonês.

Falando em linhas gerais, a J-League se destaca por ser um campeonato de “gente da gente”. Durante 90 minutos, o espectador pode ser surpreendido por lances geniais ou por jogadas patéticas, dignas daquela pelada com os amigos no final de semana. Além disso, é uma oportunidade para rever aquele jogador brasileiro sumido, que você achava até que tinha desistido da profissão.

Em 2012, o campeonato caminha para mais um final emocionante. Restando quatro jogos, a liderança da competição é do Sanfrecce Hiroshima, com 55 pontos, seguido pelo Vegalta Sendai, com a mesma pontuação, mas em desvantagem nos critérios de desempate. Correndo por fora aparece o Urawa Reds , com 49 e o Shimizu S-Pulse, com 48 pontos ganhos. Lembrando que o campeão japonês tem vaga garantida no Mundial de Clubes da FIFA e, pelo chaveamento, pode enfrentar o Corinthians na semifinal da competição.

A partida transmitida para o Brasil neste final de semana foi o embate entre Júbilo Iwata × Vegalta Sendai, jogo terminado em 1 a 1. Apesar de ser o segundo colocado da competição, o time de Sendai parece ser bem limitado e, caso seja o campeão, não deve trazer problemas no torneio mundial. De caras conhecidas do torcedor brasileiro, a equipe conta com o meio-campista Deyvid Sacconi , que teve passagem pouco marcante pelo Palmeiras, além do atacante Wilson, que nenhuma saudade deixou no torcedor do Corinthians, mas que, pasmem os senhores, é o terceiro colocado na artilharia da J-League, com 12 gols marcados.

Os jogos do campeonato japonês acontecem na madrugada de sexta para sábado e podem ser vistos no Brasil por inúmeros links na internet, além da NHK, TV estatal japonesa que transmite as primeiras e últimas rodadas do torneio, geralmente às 3 horas. Esta última está disponível apenas em algumas operadoras de TV por assinatura.

Para quem gosta de futebol, mas tem insônia; acabou de chegar da noitada; está de bobeira em casa; quer dar risada; revoltar-se por não ter apostado na carreira de jogador; acompanhar um possível adversário do seu time no mundial; ou apenas quer curtir aquele futebol despretensioso, onde a técnica é artigo de luxo, a J-League é uma grande pedida.



* Vinicius Carrilho tem 21 anos, é estudante (quase formado) 
de Jornalismo, morador de Osasco e gostaria de ganhar a vida 
fazendo humor, mas escreve melhor do que conta piadas.

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