terça-feira, 26 de junho de 2018

Classificação à lusitana

REI DA TRIVELA Quaresma decidiu com
 golaço em noite de pouco brilho
Ufa! Portugal está classificado às oitavas de final da Copa do Mundo. Como nas outras partidas que antecederam a esta contra o Irã, Portugal pecou pela escalação malfeita, efeito direto da convocação errada promovida por Fernando Santos, que privilegiou passadores, mas nenhum gancho, de fato.

Se o sistema de jogo era o correto, com três jogadores à frente e Ronaldo e André Silva trocando de posições, Quaresma sobrava, na pior interpretação possível do termo. Esquecido na ponta, passou a maior parte do jogo à parte, aparecendo somente no golaço que marcou, obra e graça apenas da sua capacidade técnica. O meio era um amontoado de marcadores e passadores de lado, como um caranguejo, quando precisava mesmo era de um jogador capaz de passes em profundidade.

Ao Irã, coube o papel de especulador, um cormorão vivendo dos restos deixados por Portugal, como no lance do pênalti, que nasceu num passe desastroso do desastrado André Silva, no momento de mais controle português da partida, que já se encaminhava para o fim.

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E Cristiano? Diferentemente dos outros jogos, ele esteve abaixo em todos os sentidos: paciência, sorte, juízo. Poderia ser expulso quando deixou o braço no peito do adversário, que acusou uma agressão. Foi inconsequente, juvenil, parecendo acusar o golpe de ter desperdiçado a grande penalidade que deixaria a nau lusitana a navegar em águas calmas, em vez da tormenta de cinco minutos que foi o final do jogo.

De primeiro colocado quase garantido a por pouco não eliminado, o fato é que Portugal fez o que se esperava dele, que era se classificar. Com brilho? Nunca tivemos. Com luta? Muita, mas não precisava ser assim tão difícil.

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