sexta-feira, 22 de junho de 2018

Sobrou emoção e Ronaldo. E só.

TRÊS VEZES CRISTIANO Melhor do mundo evitou desaire
 pesado na estreia (Getty Images/FIFA)

Esperava mais do clássico ibérico. No que diz respeito à emoção, o jogo no estádio Olímpico de Sochi já pode ser considerado um dos maiores da história das Copas, mas as duas seleções pecaram quando não podiam. Portugal abriu o placar em um pênalti muito, mas muito duvidoso (para não dizer inexistente) e poderia ter ampliado não fosse a falta de tamanho de Gonçalo Guedes, que desperdiçou dois contragolpes muito promissores, para um jogo desses. Era praticamente um jogador a menos em campo (dois, se formos considerar o péssimo B
runo Fernandes também).

Tendo em Guedes praticamente um adversário em campo e Bruno Fernandes sendo um grande nulo no meio, Portugal jogava praticamente com 9 contra uma Espanha com um meio de campo absolutamente fantástico e com Diego Costa, braços e faltas no primeiro gol à parte, letal, e Iniesta em sua melhor versão.
A virada espanhola deveria ter acontecido já no primeiro tempo, mas um desafortunado De Gea devolveu a vantagem aos lusos, mostrando que a estrela de Ronaldo estava acesa.

Era a oportunidade de Fernando Santos arrumar a casa, sacando as nulidades da primeira etapa e mandando a campo já Quaresma, para desafogar Ronaldo, e até um balde d'água no lugar de Bruno Fernandes, sem função em campo.

Quando a representação lusa acordou, a Fúria já tinha virado o jogo e encaminhava uma vitória até tranquila, mas resolveu sentar no placar ao tirar o gigantesco Iniesta, condutor de tudo de bom que a Espanha tinha em campo. De perdido em campo, Portugal se salvou tal e qual o peregrino que garantiu que o Galo de Barcelos cantaria já morto, à mesa do juiz, no golaço de falta de Cristiano, como há muito tempo não se via. Com curva, colocado, inapelável.

Mesmo assim, a falta que originou o gol aconteceu mais em virtude da injustificável afoiteza de Piqué do que por mérito dos de vermelho, embora a experiência de Ronaldo tenha contado muito para reter a bola e praticamente implorar pela falta. Depois, Quaresma, que entrou bem no jogo, quase deu aos lusos uma vitória em um jogo no qual poderia ter sido goleado, não fosse seu espetacular camisa 7, que, enfim, mostrou seu tamanho em um jogo de Copa do Mundo.

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