sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Benfica 3 x 3 Shakhtar - escolhas, fragilidades e lenços brancos

LENÇOS BRANCOS O descontentamento salta das algibeiras
 na Luz (Foto: Luiz Manuel Neves)
Aí está a dimensão europeia. O Benfica caiu em casa para o Shakhtar após ter alcançado um placar que chegava para passar e, desgraçadamente, ser o único representante português nas ligas europeias. Não conseguiu segurar a vantagem de dois golos que bastava para a apuração porque demonstrou novamente toda a fragilidade defensiva, potencializada desde que o mercado de transferências trouxe de "presente" o alemão Weigl. Um presente que custou 20 milhões de euros e que desequilibrou um time já deficiente atrás e que custou uma eliminação vergonhosa na véspera do aniversário de 116 anos do clube.

Uma prenda e tanto!


Aqui não cabe analisar as nuances do jogo, o primeiro tempo que acabou sob aplausos e que trouxe um início de segunda etapa alvissareiro, com um gol a nascer da pressão no campo ataque até recuperar a bola. Porque foi só o que aconteceu de bom.

Isso porque, com Weigl na cabeça de área, o Benfica perde na marcação, que fica toda às costas de Taarabt, homem de ligação de Bruno Lage e que acabou a partida somente com a alma no corpo. Ele e Taarabt formaram uma dupla incompatível, e muito da queda de rendimento do time neste ano deve-se à chegada dele da Bundesliga.

A impressão que dá é que não é permitido deixá-lo de fora para que um jogador que já estava no grupo jogue, pois assim se justificará um investimento que seria necessário para reforçar as opções de centrais, que diminuíram a duas com as lesões de Morato e Jardel. Com Samaris, o Benfica tinha poder de marcação e podia desafogar Taarabt, o que faria com que o time jogasse de um modo geral. 

Weigl não tem culpa. Não é um jogador de contato, de choque. E quem o trouxe sabia, ou deveria saber. Como Bruno Lage também deveria saber que é preciso Cervi para apoiar Grimaldo, que não tem a menor aptidão para marcar. Como desgraça pouca é bobagem, Ferro anda mal e o lado esquerdo da defesa é um convite. Querer que Rafa o faça é perder o melhor dele para ter o pior.

Ao fim do jogo, Bruno Lage disse vimos um "Benfica à Benfica", um time que buscou o gol, como se isso fosse algo que só o Benfica faz. Ele só se esqueceu de falar que as deficiências defensivas, que ele mesmo apontou durante a semana, é que determinaram a queda encarnada. E elas devem-se às escolhas do treinador.

Escolhas. É disso que se trata. Lage, que recolocou na rota das vitórias um time desmoralizado quando assumiu, precisa entender que a tal dimensão europeia passa por fazer grandes jogos também fora de Portugal. E isso passa exatamente pelas suas escolhas. As mesmas que deixaram o Benfica de fora da sequência da Liga dos Campeões em um grupo perfeitamente acessível.

É isso ou Luis Felipe Vieira terá que decidir entre Lage ou atender os adeptos que mostraram lenços brancos nas bancadas após o fim do jogo com o Shakhtar.

Vlachodimos: se não fosse ele, nem haveria eliminatória. Não agradeço por isso;
Tomás Tavares: engolido com batatas pelo Tison, o que era previsível;
Rúben Dias: tão bom quanto é azarado. Mais um autogolo para a conta do ainda "futuro melhor zagueiro do mundo";
Ferro: vá pro inferno e leve o Grimaldo junto;
Grimaldo: vá pro inferno e leve o Ferro junto;
Weigl: não tem culpa de ser tão insosso. Poderia buscar umas correspondências em Dortmund e ficar por lá;
Taarabt: acabou o jogo quase sem pernas para sair do relvado. Como fala mal o português, poderia decorar essa frase: "põe o car*** do Samaris, mister";
Pizzi: voltou a ser o velho Pizzi. Pena que o 
velho Pizzi não basta fora de Portugal (Jota: pffff!);
Rafa: um golaço. E só;
Chiquinho: alguém poderia esquecê-lo no hotel antes do jogo. SFF (Seferovic: é sério?);
Dyego Souza: graças a ele, o terceiro golo saiu. Não sei se agradeço (Vinicius: sai um avançado de presença de área e entra outro avançado de presença de área. Tinha tudo para dar certo).


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