domingo, 12 de agosto de 2012

O de sempre

A Portuguesa conheceu, contra o Botafogo, o quarto empate nos últimos seis jogos. São seis partidas de invencibilidade, o que deveria ser uma marca a ser comemorada, principalmente porque o time a Lusa debutou na competição com o selo de candidata ao rebaixamento estampado na testa em dez em cada dez listas, inclusive na minha.

Deveria, não fosse por um detalhe. Nestes empates, em todos eles, o time do Canindé foi prejudicado, e muito, pela arbitragem. Pênaltis não dados nos jogos contra Corinthians, Flamengo e Botafogo, fora o gol mal anulado contra o Bahia.  

O lance no clássico contra o Timão foi o único duvidoso, dos citados. No entanto, a não ser que o árbitro tivesse certeza absoluta de que a camisola do avançado Héverton não tenha sido puxada - e foi -, a grande penalidade deveria sim ser marcada, uma vez que a recomendação da Internacional Board, órgão que regula as regras do futebol, é a de prevalecer o ataque em caso de dúvida. Não é regra, é recomendação, e essa subjetividade acaba criando um conceito informal, quase uma lei, de que, em caso de dúvida, a decisão seja contra a Portuguesa.

No jogo contra o Bahia, o golo anulado é emblemático. Bruno Mineiro, avançado que balançou a rede, estava em posição legal por questão de não mais que 15 centímetros, o que, teoricamente, concederia a remissão do pecado ao auxiliar que impugnou a jogada. Teoricamente, já que tanto o avançado quanto o defesa contrário estavam parados, e o bandeira ainda tinha a linha da pequena área como referência. Uma baba. Mas outra vez houve dúvida. Outra vez a defesa prevaleceu. Outra vez contra a Portuguesa.

Já os penais contra Flamengo e este último, contra o Botafogo, foram escandalosos, um escárnio. Este, então, beira a imoralidade, dada a posição do árbitro-que-se-julga-juiz Héber Roberto Lopes. Ele estava na diagonal da jogada, sem ninguém interpondo-se a ele e o lance, que foi mais claro que a sua reluzente careca. Aquele, diante dos rubro-negros, uma voadora por trás bem no meio do mesmo Héverton, tirou-lhe a chance do golo que poderia dar a vitória para a Lusa. Houve tudo o que os comentaristas consideram infração: uso desproporcional de força, imprudência, falta. E outra vez o jogo seguiu. E, mais uma vez - duas, no caso -, a prejudicada foi a Portuguesa.

Geninho tem feito milagre com o time limitado que tem na mão. A missão de permanecer na elite, que por si só já seria das mais árduas, fica potencialmente dificultada por conta da má vontade dos péssimos sopradores de apito. Não é choro de mal perdedor (ou empatador), mas foram oito pontos sonegados. Oito pontos que colocariam a Portuguesa na sexta posição, e que certamente farão falta no frigir dos ovos, seja qual for a colocação da Lusa no final do campeonato.   

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