sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Centenário da Portuguesa - os 100+11 da história da Lusa - parte 1


Daqui a exatamente uma semana, no dia 14 de agosto, a Lusa completará 100 anos. Até a data, este blog publicará, todos os dias, uma lista com os maiores jogadores da história do clube até chegar ao número mágico de 111. A ideia é escolher os 100 além de uma espécie de Time dos Sonhos, do goleiro ao ponta-esquerda.

Os critérios são os seguintes: relevância histórica, identificação, número de jogos, conquistas, tempo de casa, e o principal: o editor do blog escolheu. Como toda lista que se preze, constarão nomes que nem o autor saberá explicar, e faltarão outros. 

Neste primeiro dia, teremos os pioneiros da história de Lusa nas duas primeiras décadas do clube, quando a Portuguesa conquistou seus primeiros títulos, o bicampeonato paulista de 1935 e 1936, além das terceiras colocações em 33 e 34 e o vice-campeonato de 1940.

Alberto
(1923/1936 e 1939/1943)
Os 45 gols em 174 jogos, divididos entre as duas passagens pela Lusa, garantem a Alberto um lugar entre os notáveis da história rubro-verde. Participou de campanhas históricas, como as terceiras colocações em 1933 e 1934 (a primeira vez da Lusa entre os três melhores no Paulista) e o vice-campeonato de 1940. 

Barros
(1931/1933 e 1935/1941)
Um dos grandes nomes do bicampeonato paulista conquistado em 1935 e 1936, o médio Barros era presença constante no time comandado por Elysio Ferreira, ao lado de jogadores como Batatais, Carioca, Machado e Paschoalino. Foram duas passagens pela Lusa, totalizando dez anos vestindo rubro-verde. 

Batatais
(1933/1934)
Algisto Lorenzato jogou na Portuguesa entre 1933 e 1934, sendo o goleiro titular da equipe na primeira edição do Torneio Rio-S. Paulo. Considerado o melhor goleiro do país naquela década, Batatais disputou a Copa do Mundo de 1938. 

Carioca
(1932/1937)
Elysio Quedas era o centroavante titular no bicampeonato paulista de 1935 e 1936. Inclusive, neste último, foi o artilheiro da competição com 19 gols. Carioca detém até hoje a melhor média de gols com a camisa da Lusa – 0,88gol/jogo –, com 55 gols marcados em 62 partidas. 

Caxambu
(1944/1950)
Tido pela imprensa como o inventor da ponte (salto no qual o goleiro fica com o corpo no ar, paralelo ao chão) após defender um chute do argentino Etchevarrieta num clássico contra o Palmeiras, em 1942, Helio Geraldo Caxambu começou na base da Lusa, mas se profissionalizou no São Paulo. Voltou a sua casa em 1944 e foi um dos fundadores do Sindicato dos Atletas Profissionais, em 1947. 

Conrado Ross
(1923/1925)
Primeiro estrangeiro a defender a Lusa, este atacante uruguaio de Montevidéu chegou ao clube em 1923, permanecendo até 1925. Também foi técnico da rubro-verde em 1940, quando ficou com o vice-campeonato pela primeira vez. Foi Conrado Ross o primeiro técnico do mítico Djalma Santos. 

Filó
(1922/1924)
Anfilóquio Guarisi Marques foi o primeiro brasileiro a ser campeão do mundo, defendendo a Itália, em 1934. Antes, porém, jogou na Lusa, clube do qual seu pai, Manuel Augusto Marques, foi o segundo presidente. 

Guanabara
(1937/1941)
O atacante Guanabara, um dos primeiros ídolos da Lusa, ostenta uma das melhores médias de gols da história da Portuguesa, se formos considerar os jogadores que vestiram a camisa da Lusa em mais de 50 oportunidades (60 gols em 94 jogos). 

Machado
(1927/1935)
Por sua disposição na marcação, Arthur Machado recebeu o apelido de Pé-de-Ferro. Começou a carreira como centromédio, mas foi recuado para a zaga, onde se firmou e até disputou a Copa do Mundo de 1938, formando o miolo da defesa com Domingos da Guia. 

Mesquita
(1920/1924)
Primeiro jogador da Lusa a ser convocado para a Seleção Brasileira, Affonso Mesquita jogou na Lusa após a fusão com o time do colégio Mackenzie, que possibilitou a presença da Portuguesa no Paulistão de 1920. Era Mesquita o goleiro titular na primeira vitória do time, contra a AA São Bento, em 29 de maio daquele ano. 

Paschoalino
(1931/1940)
Dono de uma das melhores médias de gols da história rubro-verde, com 75 gols (que o colocam ao lado de Basílio no 14º lugar entre os artilheiros da Portuguesa) em 122 jogos, o atacante Paschoalino formou uma dupla infernal com Carioca. Logo na estreia do Campeonato Paulista de 1935, vencido pela Lusa, ele marcou quatro dos 11 gols da vitória por 11 a 0 sobre o Ordem e Progresso. Na rodada seguinte, mais cinco tentos na goleada por 9 a 3 sobre o Ypiranga, sendo assim o primeiro jogador da história da Lusa a marcar cinco vezes no mesmo jogo.   

Salles
(1927/1933)
Outro atacante que, com 53 gols anotados em 83 partidas, tem uma média de gols espetacular pela Portuguesa, clube que defendeu por cinco temporadas seguidas entre os anos 1920 e 1930.

3 comentários:

Portuga74 disse...

Caramba !! És uma enciclopédia ó pá !!

Marcos Teixeira disse...

Muito obrigado, patrício. Deu trabalho, mas ficou fixe. Espero que gostes das demais listas. A das décadas de 40 e 50 já está no ar.

Raul Quedas disse...

Orgulho de ver o nome do meu vô fazendo história no futebol e na Lusa... Carioca foi um matador dos anos 30,metia gol direto...