domingo, 16 de junho de 2013

A Fúria não voltou

CENA COMUM Pedro comemora o primeiro gol espanhol (EFE)
Ao fim do jogo de estreia da Espanha na Copa das Confederações, a vitória sobre o Uruguai por 2 a 1, uma frase se espalhou feito fogo em palha seca: a Fúria voltou. Afinal de contas, o time de Vicente Del Bosque, comandado em campo pelo gigante Iniesta, passou como um trator sobre o atual campeão sul-americano, apesar do escore apertado.

Que bobagem! Como é possível dizer isso se os atuais bicampeões europeus e campeões mundiais nunca viraram o fio? Possivelmente, a ideia de que os espanhóis não eram os mesmos deve-se ao fato de o Barcelona ter tido uma temporada ruim, apesar do título nacional com a melhor campanha da história.

HÁBITO Iniesta foi o termômetro da Fúria
 em campo (Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Os detratores do futebol-egoísta-que-quer-a-bola-só-para-si se esqueceram de observar um detalhe: o Barcelona pode ter mudado, a Espanha, não. A máquina catalã de jogar bola sofreu com a queda de rendimento de seu principal jogador, Lionel Messi (muito por causa dos problemas físicos que La Pulga tem sofrido), além da troca do treinador e os problemas de saúde do atual, Tito Vilanova. A seleção espanhola, por sua vez, continua sob o comando do já mítico Del Bosque e, como nunca contou com o craque argentino, não teve nenhuma influência por causa dele.

Ou seja, para desespero do resto do mundo, a melhor seleção do planeta ainda tem lenha para queimar e, de antemão, é a maior favorita ao título não só da Copa das Confederações (que não vale lá muita coisa, mas é o único que falta em sua sala de troféus), como da próxima Copa do Mundo. Não concordam?  Basta ver o confronto entre os campeões da Europa e da América, quando o enredo foi o mesmo que já nos acostumamos a ver: um time tinha a bola e o outro era o Uruguai.
RESIGNAÇÃO Oscar Tabarez, técnico uruguaio, apenas observa
 o passeio da 
Espanha de Del Bosque, ao fundo (AFP)

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