Vergonhosa. Lamentável. Bisonha. Ridícula. Esses e outros
adjetivos que o valham podem
perfeitamente ser usados para definir a participação da pseudo-Seleção
masculina de futebol na Olimpíada de Pequim.
A começar pela preparação, pois o "treinador" foi
definido pouco antes dos jogos. Se com o treinador foi assim, dizer o quê dos
jogadores? Não houve tempo pra que se fosse ajeitada a equipe brasileira. Não
havia sequer uma equipe!
O que se viu foi um catado. Não houve amistosos contra
seleções gabaritadas, apenas um joguinho mequetrefe contra a seleção do
Campeonato Brasileiro, outro mais sem-vergonha ainda contra um catadão do Rio,
mais dois pseudo-amistosos contra pseudo-seleções. Sem contar a ação entre
amigos pra recuperar e dar ritmo de jogo ao ex-melhor do mundo Ronaldinho Gaúcho
- a propósito, ele ainda vive daquele gol que marcou contra a temida e
igualmente garbosa Venezuela, na Copa América de 99, e do gol espírita que fez
no Seaman, pelas Quartas-de-Final da Copa de 2002.
Quem agradeceu foi o Milan, seu novo clube. O gaúcho, aliás,
jogou o de sempre, ou não jogou, o que, cá entre nós, é a mesma coisa. Apareceu
(pouco) no formidável amistoso contra o Vietnã. Já contra a violenta Bélgica e
seu ferrolho quase não foi notado em campo. Assim foi contra a China e a Nova Zelândia,
também. Já no jogo que definiu o destino tupiniquim, contra nuestros hermanos, no único jogo de
verdade, ficou tocando a bola horizontalmente. Escondeu-se do jogo e pra falar
a verdade, só foi notado quando atendeu o telemóvel, no pódio. Isso mesmo: no
pódio! Foi sintomático! Serviu pra que nós, meros e tolos torcedores, víssemos
a importância que essa gente dá para a Seleção. Um verdadeiro papelão.
E pra coroar o espetáculo dantesco protagonizado por nossos
"heróis", deram uma banana pro COI e foram receber as medalhas usando
a camisa com o distintivo da CBF, que o mesmo órgão proibira, coberto com uma
espécie de adesivo ou qualquer coisa que o valha. Quem eles pensam que são?
Quiseram peitar o COI, da mesma forma que peitaram a história do futebol
brasileiro.
Restou-lhes engolir a própria empáfia e aplaudir a bicampeã
Argentina, que se preparou decentemente e fez por merecer a honraria.
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