Foi um suplício só. Durante quase todo o campeonato a Portuguesa esteve fora da zona de classificação para os quartos-de-final, jogando um futebol (se é que pode ser chamado de) abaixo da crítica. Como sempre, trocaram o comando técnico, saindo o Sérgio Guedes, que tinha feito uma campanha muito boa na Série-B, mas que caiu demais de produção no Paulista.
Mas dessa vez o igual foi diferente: veio o Jorginho, luso desde as bancadas. Ele conhece a Portuguesa como poucos. E apesar de não ter conseguido apurar a Lusa pela Copa do Brasil, o saldo do seu trabalho tem sido extremamente positivo.
Ainda assim, a apuração foi mais dramática que um fado da Amália. Quando parecia que ia pegar no breu, tropeçou nos moribundos Santo André e Noroeste, em casa; daí ninguém mais acreditava, mas veio a vitória nos estertores diante do Paulista, rival direto na luta pela vaga. Na última ronda precisava ganhar e torcer contra Paulista, que enfrentaria o mistão do classificado Santos, e São Caetano, que receberia um Linense na briga contra a degola.
Mal começaram as pelejas e o Peixe já marcou logo dois (faria ainda o terceiro). No Anacleto não acontecia nada e a Lusa tomando sufoco, em casa, do São Bernardo. E o tempo passando e nada. Até que o Linense abriu o escore com um golo do ex-luso Éder.
Mas ainda faltava um golo, fosse no ABC ou no Canindé. Mas sabem como é, né? Na Lusa e com a Lusa tudo é mais difícil, chorado. Chorado como foi o chute do Ananias, mascado, de canela, de qualquer jeito, ou sem jeito algum.
Sem jeito, aliás, ficaríamos nós se não passássemos de fase. Em vez de protestos, aplausos, gritos de alegria e a certeza de que dias melhores virão. Pelo menos até o clássico contra o São Paulo.
Imagem: Agência Estado
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