A Lusa desperdiçou uma oportunidade gigantesca de abrir ainda mais vantagem sobre a concorrência na Série-B. Mesmo estando três vezes à frente no marcador, permitiu que o São Caetano buscasse a igualdade e o jogo disputado no ABC paulista acabasse empatado em 3 a 3.
O jogo esteve sempre à mercê da líder do campeonato. O golo de abertura do escore não demorou para sair, o que deveria dar tranquilidade aos comandados de Jorginho. No entanto, menos de 10 minutos depois de Ananias marcar, Kleber empatou para o Azulão. Ainda na primeira parte o mesmo Ananias recolocou os visitantes na frente, e o placar foi mantido até o meio-tempo.
Pela posição privilegiada na classificação, a Portuguesa deveria voltar do intervalo tranquila, com a posse de bola e fazendo o São Caetano correr atrás. Afinal, a posíção que os anfitriões ocupam na tabela, abaixo da linha d'água, é que faria o time do ABC obrigar-se a atacar, pois o empate não lhe era um resultado interessante, mesmo contra o ponteiro do torneio.
Poderia, assim, a Lusa especular e matar o jogo nos contragolpes. Condição para isso tinha: a espinha dorsal da equipa estava em campo, com Guilherme, Marco Antonio, Ananias, Henrique e Edno, o que significa que Jorginho pode escalar o time da forma que mais gosta, com Guilherme e Boquita à frente da zaga, os laterais Marcelo Cordeiro e Luis Ricardo podendo avançar e tramar as jogadas de ataque com os meias Ananias e Henrique, abertos ou afunilando, coordenados pelo meia Marco Antonio, que funciona como o eixo da meia cancha rubro-verde, auxiliado (muito bem) pelo Edno, único avançado da equipa, e que ainda volta pra abrir espaços e bater de fora.
Logo, estava tudo a favor, mas faltou o essencial: serenidade. Bruno Recife, de lembranças pouco saudosas aos adeptos lusos empatou no inicio da segunda parte. Henrique marcou o terceiro da Lusa, que não soube segurar o ímpeto de um adversário desesperado e inferior, que tinha o atacante Kléber em tarde inspirada. Às vezes a Portuguesa passa a sensação de que resolverá a parada a qualquer momento, o que não é verdade. A vantagem colossal que tem no campeonato foi criada com muita luta e seriedade, o que faltou no Anacleto Campanela.
A invencibilidade é de 10 partidas. Entretanto, são apenas quatro vitórias. Não que o acesso esteja posto em risco, mas o título ainda está aberto. Que os tropeços, sobretudo o de sábado, abram os olhos do time e a taça venha o quanto antes, sem sustos.
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