*por Humberto Pereira da Silva
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Passada a data FIFA, e a seleção... volta o Brasileirão com contas e tabelas finalmente ajustadas. Jogos com atenção para a parte de cima e a de baixo na tábua de classificação.
Na parte de baixo uma fixação, que mistura crença, superstição, matemática e certa preguiça mental: quem fizer 45 pontos não cai. Seguindo esse "número mágico", o Fortaleza na 12ª posição, com os tais 45 pontos, não mais correria risco de cair...
Não consigo imaginar todos os cruzamentos nas rodadas finais. Mas nas próximas rodadas se o Bahia perder e, vendo a tabela, o Fortaleza só cai se levar solenes goleadas... E ainda há o Cruzeiro, que complementa a rodada medindo [o que sobrou das] forças com o desesperado Goiás.
"Matematicamente", sim, o Fortaleza pode ser alcançado pelo Bahia. O São Paulo com 46 pontos também...
Cruzando todos os resultados possíveis é o caso de dizer que o Fortaleza ainda corre risco porque não atingiu o "número mágico? Ora, tendo superado o dito cujo, o Tricolor paulista sendo superado por Bahia e/ou Cruzeiro "matematicamente" não corre risco numa combinação maluca de resultados?
É preciso pôr no papel TODAS as combinações possíveis de resultados nas rodadas ainda vindouras para saber se ele, São Paulo, ainda pode cair, pois "matematicamente"... ainda pode ser alcançado por quem está, como dizem em algures e alhures d'além mar, abaixo da linha d'água.
Quero dizer com isso que quando se fala em "número mágico" é preciso efetivamente fazer contas. Num campeonato com resultados tão surpreendentes, vejamos como foi a rodada 35. A goleada do Bahia sobre o Corinthians, além de Vasco, Santos, Inter e Fortaleza pontuando, e São Paulo x Cuiabá deixou de ser mero cumprimento de tabela.
A campanha do Botafogo no segundo turno [n.e: 15 de 48 pontos] deve servir de lição para que uma expressão como "número mágico" não seja entendida literalmente: um número... mágico. Por óbvio, onde há mágica, não há matemática.
*Humberto Pereira da Silva é professor de Ética no Jornalismo.
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