No final de semana a Ponte Preta joga no Moisés Lucarelli com o Americana, um desses timinhos de empresários que vivem perambulando de cidade em cidade atrás de uns trocados. Se ganhar, mantém agonizando as remotíssimas chances de tirar o título da Portuguesa. No caso de qualquer outro resultado, é caixão e vela preta. Ou melhor, verde e vermelha.
Aí você deve dizer assim: "Esse patrício bateu a cabeça, só pode! Por que raios vai torcer pela Ponte, se o resultado negativo da Macaca beneficia a Lusa?"
É simples, pá! Se a Ponte não ganhar, seremos campeões sem entrar em campo. E que graça tem isso? Eu quero ver o Canindé pintado de rubro-verde mais uma vez, como foi contra a mesma Macaquinha, que valorizou nossa vitória e nossa festa de sexta-feira passada.
Um Canindé tomado por uma aura especial, como se víssemos Dener e Enéas desfilando pelo relvado do Oswaldo Teixeira Duarte.
Eu quero ver o mesmo brilho nos olhos de toda a malta orgulhosa que lotou as bancadas do Monumental do Pari. Que passou 90 minutos a cantar. Que torce pra Lusa bebendo vinho.
Que cantou o hino da Portuguesa, o feito pelo Roberto Leal, mesmo sem saber direito a segunda estrofe. Que abraçados, uns aos outros, choraram de alegria e expurgaram toda uma década de amarguras e decepções.
Este é o Canindé que eu quero ver de novo contra o Sport, Duque de Caxias ou Barcelona. Um Canindé nosso, pleno de alegria, para que cantemos a plenos pulmões que é uma casa portuguesa, com certeza.
Por isso vou torcer pra Ponte. Para poder gritar, de novo, agora sem as inconvenientes formalidades matemáticas, 'é campeão!', junto da minha gente.
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