Na noite de 13 de setembro de 1972, a Portuguesa perdeu para o Santa Cruz por 1 a 0, no Parque Antártica, pelo Campeonato Brasileiro. Desiludido, o então presidente da Lusa, Dr. Oswaldo Teixeira Duarte, reuniu a imprensa e anunciou o desligamento de seis jogadores. O episódio ficou conhecido como a Noite do Galo Bravo.
Na manhã de 10 de maio de 2013, o presidente do São Paulo reeditou o evento. Ou melhor, fez uma cópia mal acabada depois que o Tricolor levou uma lavada de outro galo. A diferença é que, no caso da Portuguesa, o eterno O.T.D. mandou embora Hector Silva, Lorico, Samarone, Ratinho, Piau e Marinho Perez, quase todos titulares. Já o ultrapassado posseiro da Vila Sônia resolveu culpar jogadores que nem estavam jogando.
Ao dispensar ídolos da torcida, como Marinho Perez e Piau, Teixeira Duarte chorou, pois lhe doeu o coração ter que cortar na própria carne. Juvenal Juvêncio, por sua vez, mostrou a sua peculiar arrogância ao segregar meninos como Henrique Miranda e João Filipe. J.J. não teve colhões para peitar o centroavante do salário grande e dos gols pequenos, só para ficar num exemplo.
Juvenal foi um grande diretor de futebol, responsável pela montagem do timaço que ficou conhecido como "Menudos do Morumbi", em alusão à boy band porto-riquenha que era verdadeira febre nacional nos anos 1980. Foi com ele na presidência que o São Paulo conquistou o tricampeonato brasileiro entre 2006 e 2008. De lá pra cá, no entanto, perdeu a mão.
Desfez a equipe que tinha profissionais como Turíbio Leite de Barros e Carlinhos Neves, passou a contratar jogadores sem o perfil do "clube diferenciado", de acordo com o próprio presidente e alterou o estatuto do clube para se perpetuar no comando.
Não soube a hora de parar. Juvenal passou. Só ele não viu.
Abaixo, o trecho do programa Jogando Em Casa, da TV Esporte Interativo (12/04/2013), com o pronunciamento do presidente Oswaldo Teixeira Duarte, da Portuguesa. Um dirigente de verdade.
2 comentários:
Pois é Marcos. O JJ fez mais uma das suas. A pior coisa é desvalorizar profissionais, colocando em lista de dispensa, coisa que a imprensa adora, mas que é ruim para os jogadores.
Mais que a atitude em si, incomoda a forma com a qual é feita. Ele se perdeu na autossuficiência. Com isso, o São Paulo, que era um modelo a ser seguido, virou exemplo do que não fazer.
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