Começo a escrever este texto exatamente dez minutos após o
fim dessa fantástica partida entre Clube Atlético Mineiro e Tijuana. E esses
dois times protagonizaram um dos momentos mais emocionantes do futebol mundial
nas últimas temporadas. A defesa do Victor na penalidade máxima cobrada pelo
colombiano Riascos, já nos minutos finais, emocionou qualquer apaixonado pelo
futebol.
E para chegar tão perto de eliminar a melhor equipe da
Libertadores, o Tijuana demonstrou um futebol típico de um grande time.
Pressionou o Atlético desde os primeiros segundos (aos 12, Victor já
fazia bela defesa) e assim ainda com certa catimba e malandragem conseguiu
enervar o já apressado Atlético Mineiro.
Com isso, a maravilhosa torcida do Atlético ficou preocupada
e os cantos otimistas, positivos e animados começaram a dar lugar a um clima de
insegurança. A coisa ficou pior depois que o mesmo Riascos marcou um belo gol.
A situação ficou feia, mas foi com uma das principais
jogadas do Galo desde que o técnico Cuca assumiu o time há a aproximadamente
dois anos atrás, que veio o alívio: a bola parada. Cruzamento de Ronaldinho,
falha da zaga mexicana e o gol do zagueiro-artilheiro Réver.
Os últimos 45 minutos foram nervosos e tensos.
Um lá e cá daqueles que mostram o quanto essa tal Libertadores consegue ser
sensacional. Bernard caiu de rendimento, Luan entrou em campo e teve a
oportunidade matar o jogo e não o fez. E veio o castigo: chutão para frente, bola sobra dentro da área e Leonardo
Silva, afobado, comete pênalti no atacante mexicano.
Confesso que me revoltei,
não era justo um time tão aliado a sua torcida, com um futebol tão vistoso e
vibrante, ser eliminado de uma forma tão deprimente. Eis que o deuses do futebol
mostraram que a história ainda teria um último herói.
“PEGOOOOOOOOOOOOOOU!” todos que torciam pelo Galo gritaram.
A defesa de Victor fez as lágrimas de atleticanos, no Independência ou não, caírem
de uma forma copiosa. Foi coisa do outro mundo, fantástica e histórica.
O Tijuana conseguiu valorizar ainda mais a classificação do
Atlético Mineiro. Dessa vez o perdedor não morreu no horto como diz o canto da
torcida. Caiu de pé. O futebol venceu, o Brasil venceu e essa torcida
maravilhosa do Clube Atlético Mineiro venceu.
E se tem um time que está vivo, aliás vivíssimo, esse time é
o Galo. Um time com cara de vencedor. Uma legião de apaixonados que sabem que
esse é o Clube Atlético Mineiro, o Galo forte, vivo e, é claro, vingador.
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