Thiago Silva faz gesto perpetuado por Bellini (Flavio Florido/UOL) |
Para conseguir aplacar o poderoso adversário, a seleção de Scolari teve que ser humilde, renunciar ao seu futebol e jogar de acordo com as características da Fúria. A proposta era adiantar a marcação, pressionar de forma alucinante a saída de bola espanhola, agredir sem parar e recompor a marcação com rapidez quando perdesse a bola, evitando que ela chegasse limpa aos pés pensantes de Xavi e Iniesta, os já míticos responsáveis pela construção de jogadas do time do também lendário Del Bosque.
O volante Paulinho, de futebol vistoso e vertical, foi o volante-volante que Felipão tanto aprecia e se doou pelo time. Hulk, tão criticado pelo torcedor e principalmente por parte da imprensa, que clamava por Lucas, jogou em cima de Jordi Alba, anulando a principal jogada de desafogo da Espanha e, de quebra, ainda abriu campo para Daniel Alves fazer uma de suas melhores partidas pela Seleção. David Luiz, visto como um dos pontos fracos da equipe, fez uma partida perfeita, e só não foi o Man Of The Match porque Fred decidiu, como se espera de um nove, e Neymar mais uma vez foi soberbo.
Fred comemora. Cinco vezes em cinco jogos (Christophe Simon/AFP) |
Quando conseguiu colocar a bola no chão, quase empatou com Pedro, que entrou livre e tocou na saída de Julio César, mas, quase sobre a linha do gol, um monumental David Luiz surgiu do nada e desfez o gol certo, que valeu como um gol. Ainda mais porque, logo na jogada seguinte, Neymar marcou o segundo, numa bordoada de canhota (seu pé menos bom), cruzada, sobre um atônito Casillas.
Os gigantes David Luiz e Luiz Gustavo: campeões (Marcos Brindicci/Reuters) |
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