O primeiro passo foi dado: o Executivo fez o "impossível",
segundo o governador de São Paulo e o prefeito da capital, que era retroceder
no aumento da tarifa. Tarifa, aliás, que o próprio Haddad, então um candidato
"desconhecido" e que tinha como maior capital político o apoio do ex-presidente Lula, usou como maior bandeira de campanha ao prometer que
não aumentaria.
Agora, que o objetivo foi alcançado, é necessário
fiscalizar, de verdade, para saber de onde vai sair o dinheiro para que seja
viabilizada a manutenção do preço, que já é alto. Ou alguém acha que os
empresários do setor de transportes vão arcar com os custos?
Em todo caso, outras demandas urgem e merecem que os
protestos prossigam: a saúde pública, que só não está na UTI por falta de vaga,
a educação, esteio de qualquer Nação que quer ter futuro (o Japão pós-guerra
foi reerguido tendo a educação como base), a PEC 37, de autoria do deputado
Lourival Mendes (PT do B - MA), que, caso seja aprovada, tirará do Ministério
Público o poder de investigar.
Sobre a Copa do Mundo, não adianta espernear sobre os
estádios. Já foram construídos e o evento será aqui. O que não quer dizer, no
entanto, que a sangria desatada do dinheiro público não deva ser contida. Na
última sexta-feira, por exemplo, foi publicado no Diário Oficial da União o
Decreto 8.028/13, que garante o pagamento de diárias aos ministros que quiserem
assistir aos jogos da Copa das Confederações, assim, na faixa.
A farra também inclui os servidores que os excelentíssimos
resolverem levar na nova versão do Trem da Alegria. Ou melhor, ou pior, o Voo
da Alegria, já que poderão se deslocar utilizando os jatos da FAB. Ah, a mamata
inclui os comandantes das Forças Armadas.
Tá bom ou quer mais? Não quer mais? Mas tem mais! O valor
das diárias dos ministros pode chegar a R$581, ao passo que seus servidores
preferidos terão os gastos cobertos em até R$406,70. Mas calma, que aqui é como as
facas Ginsu: o primeiro parágrafo do decreto determina que o
governo possa pagar até o dobro do teto.
Numa conta rápida, se os 39 (TRINTA E NOVE!) titulares das
pastas, além dos chefes das Forças Armadas, resolverem ir às partidas, o governo bancará a bagatela de até R$48.818, por
dia, isso sem contar os gastos com os seus asseclas e aspones. Fora as viagens em si, que não são baratas.
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