Vasco e Corinthians se enfrentavam no belíssimo (e superfaturado) estádio Mané Garrincha, em Brasília, pelo Campeonato Brasileiro, quando uma confusão estourou nas bancadas. Afora os personagens pitorescos que tomaram parte do dantesco episódio (a saber: um vereador de Francisco Morato e um dos corintianos que passaram mais de 150 dias reclusos em Oruro), chama a atenção a punição imposta aos clubes, que jogarão duas partidas com o seu mando com os portões fechados e outras duas, também na condição de mandante, com a presença somente de torcedores da equipa visitante.
Independentemente da cor da camisola da equipa punida ou do tamanho do prejuízo financeiro, a medida incomoda. Incomoda no sentido de que os principais responsáveis pelo furdúncio ocorrido na capital federal não foram punidos. E nem serão.
FALTA DE DECORO Vereador conhecido como Capá, de Francisco Morato (SP), ataca policial durante brigano Mané Garrincha (Sérgio Lima/Folhapress) |
Podem fazer o que quiserem: tirar mando de campo, multar, fechar os portões, fazer o diabo a quatro. Não adiantará picas. Eles são bandidos e devem ser tratados como bandidos. Ora, se eu, você ou a senhora sua mãe desacatarmos um policial na rua, no mercado, na casa do cacete, seremos presos. Por que diabos se isso for feito dentro de um estádio de futebol ou nos seus arredores não acontece nada?
Se não for dessa forma, novas confusões acontecerão, todos ficarão impunes e novos Kevin Espada aparecerão. Só vai mudar a cor da camisa.
SAUDADE DE ORURO Corintiano preso na Bolívia se envolve em nova confusão (Sergio Lima/Folhapress) |
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