por Vinicius Carrilho*
Se há um nome sagrado no mundo da bola, sem dúvida este é
Ronaldo. Apenas na lista dos melhores do mundo, três figuram. O primeiro de
todos foi o Nazário, fenômeno, gênio da bola. Depois, veio o Assis, gaúcho,
malabarista das quatro linhas. Agora, é a vez de Cristiano. Sim, em 2008 ele já
havia sido considerado o melhor jogador do planeta, mas na última temporada
brilhou como manda seu nome.
O choro e a majestade (Fabrice Coffrini/AFP) |
De personalidade forte e vaidoso - no sentido figurado e
literal - o português é daqueles que não deixam meio-termo. Quem o admira é um
verdadeiro militante. Já quem o odeia faz de tudo para diminui-lo. Porém,
diminuir um gigante é impossível.
Dentro de campo, não há como contestar seu futebol.
Habilidoso, tem aquilo que alguns chamam de talento e outros, de dom. Ver
Cristiano em campo é ter a certeza que praticar o esporte bretão é algo fácil,
comum, para todos. Enorme engano. Jogar bola pode ser para qualquer mortal, mas
como ele é só para especiais.
Mesmo nascido em um país que não possui tradicionais
seleções campeãs e jogando em um time que, nos últimos anos, mais se destaca
por sua grife do que pelo que ganha, o camisa 7 destoa. É daqueles que estarão
nos livros e muitos dirão orgulhosos que um dia o viram jogar. Talvez esteja
muito perto, se já não chegou, da alcunha de gênio. Só não é mais porque em seu
caminho encontrou uma incômoda pulga.
Pequena e argentina, ela o assombrou por quatro temporadas.
Na última, a Pulga encontrou o único marcador que a fez parar: o destino.
Lesionada, perdeu boa parte do ano e então foi a vez do português honrar seu
nome.
Brilhando como nunca antes, Cristiano marcou gols,
classificou Portugal para a copa e encheu os gramados da Europa. Mais: mostrou
que os torcedores, em vez de se digladiarem para impor quem é o melhor,
deveriam aproveitar por terem a honra de acompanharem dois aspirantes a lendas
do futebol em plena atividade. Messi é ótimo, fora de série, de outro planeta.
Cristiano também. Porém, ele possui algo que o argentino não tem. O camisa 7,
além de DNA, tem nome de craque. Cristiano é, sem dúvida, um autêntico Ronaldo.
Sem comentários:
Enviar um comentário