TRÊS VEZES CRISTIANO Melhor do mundo evitou desaire pesado na estreia (Getty Images/FIFA) |
Esperava mais do clássico ibérico. No que diz respeito à emoção, o jogo no estádio Olímpico de Sochi já pode ser considerado um dos maiores da história das Copas, mas as duas seleções pecaram quando não podiam. Portugal abriu o placar em um pênalti muito, mas muito duvidoso (para não dizer inexistente) e poderia ter ampliado não fosse a falta de tamanho de Gonçalo Guedes, que desperdiçou dois contragolpes muito promissores, para um jogo desses. Era praticamente um jogador a menos em campo (dois, se formos considerar o péssimo Bruno Fernandes também).
Tendo em Guedes praticamente um adversário em campo e Bruno Fernandes
sendo um grande nulo no meio, Portugal jogava praticamente com 9 contra uma
Espanha com um meio de campo absolutamente fantástico e com Diego Costa, braços
e faltas no primeiro gol à parte, letal, e Iniesta em sua melhor versão.
A virada espanhola deveria ter acontecido já no primeiro tempo, mas um
desafortunado De Gea devolveu a vantagem aos lusos, mostrando que a estrela de
Ronaldo estava acesa.
Era a oportunidade de Fernando Santos arrumar a
casa, sacando as nulidades da primeira etapa e mandando a campo já Quaresma,
para desafogar Ronaldo, e até um balde d'água no lugar de Bruno Fernandes, sem
função em campo.
Quando a representação lusa acordou, a Fúria já tinha virado o jogo e
encaminhava uma vitória até tranquila, mas resolveu sentar no placar ao tirar o
gigantesco Iniesta, condutor de tudo de bom que a Espanha tinha em campo. De
perdido em campo, Portugal se salvou tal e qual o peregrino que garantiu que o
Galo de Barcelos cantaria já morto, à mesa do juiz, no golaço de falta de
Cristiano, como há muito tempo não se via. Com curva, colocado, inapelável.
Mesmo assim, a falta que originou o gol
aconteceu mais em virtude da injustificável afoiteza de Piqué do que por mérito
dos de vermelho, embora a experiência de Ronaldo tenha contado muito para reter
a bola e praticamente implorar pela falta. Depois, Quaresma, que entrou bem no
jogo, quase deu aos lusos uma vitória em um jogo no qual poderia ter sido
goleado, não fosse seu espetacular camisa 7, que, enfim, mostrou seu tamanho em
um jogo de Copa do Mundo.
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