NÃO ME TOQUEM Até onde vai a necessidade de ter Neymar no time titular? (Reuters) |
O Brasil que venceu a
Costa Rica pode ser dividido em duas análises distintas, uma para cada tempo.
Na primeira parte, foi um time apático, com poucas ideias, um lado direito nulo
com o pouco inspirado William e o injustificável Fagner, que teve a sorte de
não haver um Overmars em campo, como foi com Zé Carlos em 98. No meio, Paulinho
(não) fez o de sempre, Casemiro não tinha a quem marcar e Coutinho era uma ilha
de talento cercada por cabeças-de-bagre. Não rendeu. Gabriel Jesus se esforçou,
roubou bolas, teve um gol anulado, mas não justifica ainda estar em campo
enquanto Firmino esquenta o banco.
Na etapa complementar,
com Douglas Costa melhor na frente, a render o badalado atacante do Chelsea, e
com o inútil Paulinho um pouco mais aberto para auxiliá-lo (e plantar Fagner
atrás, onde não atrapalhava tanto), o Brasil melhorou, mas ainda assim era pouco.
Finalmente, com Firmino e sem a nulidade da camisa 15, o time do Tite teve cara
de time. Bem pouco, mas o suficiente para alcançar a vitória, ainda mais com o
virtuose Coutinho resolvendo outra vez. Ele é o craque do time.
Leia também:
Vitória no sufoco escancara defeitos lusos na Rússia
Leia também:
Vitória no sufoco escancara defeitos lusos na Rússia
Notem que não falei do Neymar.
Ele fez uma de suas piores apresentações pelo Brasil e, intocável que é, não
faz a menor questão de mudar isso. Prendeu bola, se jogou, poderia ter sido
expulso por indisciplina e conseguiu que um pênalti (que não foi) fosse
desmarcado. Apareceu nos acréscimos, fazendo graça com o jogo ganho e marcando
um gol que só serviu para que eu acertasse o bolão. No fim, chorou, como se
estivesse sentindo a injustiça da pressão de quem não reconhece seu talento,
sua magnitude, sua importância. Quanta perseguição ao gênio que nasceu para
brilhar.
Sem comentários:
Enviar um comentário