UAHLAH! O mestre Tite, tal e qual o Profeta de Ronald Golias |
Um pecado a eliminação do Brasil. E o pecador atende pelo
nome Adenor. Tite, o civilizador, montou o time parecido com o que não
funcionou contra o México. William preso na ponta, Paulinho sem função alguma,
e jogando com Fernandinho, que é lento, e precisava de ajuda para substituir
Casemiro, que fez uma falta imensa. Fagner, um terror, não teve cobertura, que
deveria ser feita por um dos volantes. Ninguém fez.
Roberto Martinez, por sua vez, desmanchou o sistema com cinco
defensores que quase emperrou no Japão, reforçou o meio-de-campo e, favorecido
não só pela ausência de Casemiro, mas também pela pavorosa atuação da dupla
Fernandinho-Paulinho,encaminhou a vaga ainda no primeiro tempo, coisa que o
México poderia ter feito caso tivesse um pé que pensasse o jogo.
Neymar, abaixo do mais baixo que já jogou pela Seleção, foi
uma figura patética no primeiro tempo. Apático, errou tudo o que tentou e saiu
do Mundial com a imagem de chorão, mimado e ídolo que ninguém deveria ter. Marcelo,
depois de uma temporada estonteante, foi um fiasco maior do que já havia sido
em 2014, e ainda teve problemas físicos. Nem Coutinho foi bem, e Gabriel Jesus,
em noite para ser esquecida, não terá quem o defenda. No segundo tempo, sem a
nulidade da camisa 19, com Douglas Costa querendo jogo e com Firmino mais à
frente, o Brasil funcionou um pouco melhor.
Quando Renato Augusto entrou para igualar numericamente o
jogo, já que Paulinho era, para variar, praticamente menos um em campo, o
Brasil melhorou. Neymar entrou no jogo, embora sem brilho, mas minimamente
efetivo. Coutinho, mesmo mal, achou um passe fantástico para Renato Augusto
diminuir. E quase o mesmo Renato empatou, se aproveitando de um raro momento de
desarranjo belga.
A Bélgica, que abriu a vantagem com De Bruyne jantando o
apavorado e injustificável Fagner, Lukaku ganhando tudo sobre todos no primeiro
tempo e Hazard como o dínamo do time, sentiu o gol e se fiou no imenso
Courtois, que brilhou quando um desesperado Brasil mandava no jogo, à base do
bumba-meu-canarinho. Pena para o Brasil Douglas Costa não ter tido mais chances
em campo, assim como Renato Augusto.
Tite, como sempre calmo, sereno e irritantemente professoral na coletiva post-mortem, teria muito o que explicar, caso a imprensa presente não bebesse de sua inquestionável
sabedoria. Por que Fred? Por que Taison? Por que Fagner? Por que Alisson
titular? Por que insistir tanto com Fernandinho? Por que Gabriel Jesus? Por que
Marcelo voltou? Por que Paulinho? Por que, Tite?
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