Escrever sobre jogos de futebol nem sempre é uma tarefa das mais fáceis, sobretudo quando os jogos levam o cronista a ter a mesma impressão ao fim deles. Como não ser repetitivo se o futebol apresentado o é?
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Benfica 1 x 1 Moreirense - calças de ganga, lenços brancos e (mais) uma noite para ser esquecida
É o que aconteceu novamente ao Benfica. No Bonfim, um time apático, previsível e com uma pequena dose de azar voltou a perder pontos, prejuízo levemente amainado pelo tropeço do Porto no Dragão. Menor dos males, a vantagem azul e branca segue sendo de um ponto.
Bruno Lage até mandou a campo uma equipa mexida no 11, com Samaris e Taarabt à frente dos centrais, Cervi de início e Chiquinho como homem mais próximo de Vinicius, o que teoricamente serviria para deixar mais protegida a defesa encarnada sem fazer com que o time deixasse de criar.
Só que não foi bem assim. E não foi porque o Benfica apresenta o problema crônico de não saber jogar entrelinhas quando precisa explorar o espaço entre os setores do adversário, nem quando precisa defender os seus. E quase todo mundo já percebeu isto, além da fase desgraçadamente ruim de Chiquinho, mas, para além de nomes, o problema benfiquista parece estar na postura e na pouca variação de soluções que vem sendo apresentada.
Júlio Velásquez armou o Vitória para sair jogando curto, com o goleiro Makaridze, aquele que preferia perder todos os jogos se isso significasse não perder ao Benfica, a participar ativamente do jogo, e com seus setores o mais próximo quanto fosse possível. Nem precisava, dada a lentidão com a qual o time de Lage chegava ao campo ofensivo.
Essa demora acontece porque os movimentos dos de Lisboa já são conhecidos, mapeados pelos oponentes e fáceis de serem neutralizados pela pouca variedade existente de um jogo apoiado desde trás, mas sempre pelos mesmos caminhos.
Foram 45 minutos de monotonia, diferentemente do segundo tempo, que começou com Samaris a perder uma dividida no socorro a Grimaldo. Pizzi que deveria cobrir o grego, deixou Carlinhos livre para penetrar, dominar e bater na saída de Vlachodimos, até ali um espectador de dentro do relvado.
A vaca encarnada só não deitou porque não tardou o gol de empate, em pênalti bem cobrado pelo capitão. Com Rafa já no lugar de um lamentável Chiquinho e os setores mais próximos, foram 15 minutos de um time senhor do jogo, veloz, com passes buscando o espaço entre os setores do time da casa e o segundo golo parecia questão de tempo. Taarabt levou meio time no peito e achou Vinicius, mas o avançado estava impedido e o gol não valeu. Depois, Artur Jorge esteve com a mão no sítio errado, no momento menos apropriado. Mas mais desfavorável ainda foi a prestação de Pizzi, que mudou o lado da batida e falhou o terceiro pênalti nos últimos dois jogos.
A essa altura, Rafa, Dyego Sousa e Weigl já estavam em campo e o Benfica novamente tinha o desenho que tornou-se habitual quando é preciso fazer o golo e o relógio já não dispõe de muitas voltas: dois avançados, um extremo a jogar mais aproximado a eles e três médios, mas sem resultados práticos dos mais notáveis.
Ao fim e ao cabo, é verdade que Pizzi perdeu três das últimas quatro grandes penalidades, mas não se pode tapar os olhos para o fato de que um time cujo plantel é tão superior ao adversário, ao menos no papel, não pode hipotecar seus resultado à sorte de um pênalti convertido em gol.
É preciso mais. Como também é preciso dizer que Makaridze, mais do que qualquer sadino, não perdeu para a única equipa que não admitia perder. E sem grandes truques. Bastou seu time copiar os outros e ter a sorte dos últimos.
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É o que aconteceu novamente ao Benfica. No Bonfim, um time apático, previsível e com uma pequena dose de azar voltou a perder pontos, prejuízo levemente amainado pelo tropeço do Porto no Dragão. Menor dos males, a vantagem azul e branca segue sendo de um ponto.
Bruno Lage até mandou a campo uma equipa mexida no 11, com Samaris e Taarabt à frente dos centrais, Cervi de início e Chiquinho como homem mais próximo de Vinicius, o que teoricamente serviria para deixar mais protegida a defesa encarnada sem fazer com que o time deixasse de criar.
Só que não foi bem assim. E não foi porque o Benfica apresenta o problema crônico de não saber jogar entrelinhas quando precisa explorar o espaço entre os setores do adversário, nem quando precisa defender os seus. E quase todo mundo já percebeu isto, além da fase desgraçadamente ruim de Chiquinho, mas, para além de nomes, o problema benfiquista parece estar na postura e na pouca variação de soluções que vem sendo apresentada.
Júlio Velásquez armou o Vitória para sair jogando curto, com o goleiro Makaridze, aquele que preferia perder todos os jogos se isso significasse não perder ao Benfica, a participar ativamente do jogo, e com seus setores o mais próximo quanto fosse possível. Nem precisava, dada a lentidão com a qual o time de Lage chegava ao campo ofensivo.
Essa demora acontece porque os movimentos dos de Lisboa já são conhecidos, mapeados pelos oponentes e fáceis de serem neutralizados pela pouca variedade existente de um jogo apoiado desde trás, mas sempre pelos mesmos caminhos.
Foram 45 minutos de monotonia, diferentemente do segundo tempo, que começou com Samaris a perder uma dividida no socorro a Grimaldo. Pizzi que deveria cobrir o grego, deixou Carlinhos livre para penetrar, dominar e bater na saída de Vlachodimos, até ali um espectador de dentro do relvado.
A vaca encarnada só não deitou porque não tardou o gol de empate, em pênalti bem cobrado pelo capitão. Com Rafa já no lugar de um lamentável Chiquinho e os setores mais próximos, foram 15 minutos de um time senhor do jogo, veloz, com passes buscando o espaço entre os setores do time da casa e o segundo golo parecia questão de tempo. Taarabt levou meio time no peito e achou Vinicius, mas o avançado estava impedido e o gol não valeu. Depois, Artur Jorge esteve com a mão no sítio errado, no momento menos apropriado. Mas mais desfavorável ainda foi a prestação de Pizzi, que mudou o lado da batida e falhou o terceiro pênalti nos últimos dois jogos.
A essa altura, Rafa, Dyego Sousa e Weigl já estavam em campo e o Benfica novamente tinha o desenho que tornou-se habitual quando é preciso fazer o golo e o relógio já não dispõe de muitas voltas: dois avançados, um extremo a jogar mais aproximado a eles e três médios, mas sem resultados práticos dos mais notáveis.
Ao fim e ao cabo, é verdade que Pizzi perdeu três das últimas quatro grandes penalidades, mas não se pode tapar os olhos para o fato de que um time cujo plantel é tão superior ao adversário, ao menos no papel, não pode hipotecar seus resultado à sorte de um pênalti convertido em gol.
É preciso mais. Como também é preciso dizer que Makaridze, mais do que qualquer sadino, não perdeu para a única equipa que não admitia perder. E sem grandes truques. Bastou seu time copiar os outros e ter a sorte dos últimos.
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