EM VEZ DE HISTÓRIA, VERGONHA Primeiro Gre-Nal da Libertadores acabou nisso aí (Foto: Diego da Rosa) |
Ontem o pau cantou no Gre-Nal 424, histórico Gre-Nal por ser o primeiro pela Libertadores. Ninguém afinou pra ninguém, todo torcedor raiz, de verdade mesmo, achou lindo. Soco no ar, chute por trás, esganadura. Quem ficou horrorizado é Nutella, é Enzo, é o caralho a quatro. O futebol respira, não é mesmo?
Não. O futebol agoniza. Ele respira quando os times são organizados. Respira quando há metodologia em campo. Respira, de verdade, quando há um projeto com início, meios e fins devidamente programados dentro da realidade de cada escudo. Respira mesmo é quando os dirigentes entendem que sem tempo, apoio, método e respeito pela instituição, o máximo que vai acontecer é conquistar algo sem a menor ideia de como fez. Anda a plenos pulmões quando um time não precisa vender o mando de jogo para honrar parte da folha salarial, inchada porque, se der merda, não é o deles que estará na reta.
Quando a imprensa perde dias a fio cobrando resultado com um mês de trabalho porque sim, o futebol, no máximo, arfa com dificuldade, ofega, arqueja.
O que os jogadores de Grêmio e Inter fizeram ontem foi dar razão a quem defende a torcida única, essa imbecilidade/atestado de incapacidade de quem deveria garantir a realização das partidas, seja dirigente de clubes, federações ou autoridades de segurança. Foi dar sentido ao discurso de quem vê desrespeito quando o time que desceu de divisão é alvo de chacota.
Isso não é futebol.
O Gre-Nal foi vergonhoso, uma ode à rivalidade cega, ao ódio, à intolerância. Foi uma estupidez.
1 comentário:
Foi mais uma estupidez, a estupidez da semana, do dia, do período. Porque toda estupidez tem sido superada pela estupidez seguinte. Não tá fácil...
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