SORTE de quem tem Corona (Foto: Paulo Novais/POOL/EPA) |
Sorte e competência. Estas duas palavras podem definir a reta final do Porto no Campeonato Português, praticamente definido a três jornadas do fim em favor dos Dragões.
A união destes dois fatores determinou a conquista da Liga Portuguesa 2019/2020. Além de ter entrado nos eixos após o retorno das competições, conquistando 16 dos 21 pontos disputados, contou com perdulário e incompetente Benfica, que descartou uma vantagem de sete pontos para estar inalcançáveis oito pontos atrás. Justiça seja feita, não seria honesto não lembrar que o mesmo Porto deu de bandeja o título na temporada passada ao mesmo adversário, com a mesma vantagem deitada fora.
E jogar fora a vantagem foi o que o Porto quase fez ontem, após abrir 2 a 0 sobre o Tondela com a naturalidade de quem come um Chicabon. E com sorte, já que Sérgio Oliveira se machucou e deu lugar a Danilo Pereira, de quem saiu o primeiro gol do jogo logo no início da segunda parte. Até aí, nada de anormal. Marega, em fase descomunal, aumentou o placar e estava a encaminhar a tranquila vitória, que poderia já garantir o título matematicamente caso o Benfica perdesse para o Famalicão.
Duas substituições desastradas (Alex Telles por Fábio Vieira e Tiquinho Soares por Luis Diaz), uma jogada isolada, um gol de pênalti contra e o jogo fácil se complicou. A sorte esteve no calcanhar direito de Marchesin, que impediu o gol de empate logo depois. A sorte apareceu no pênalti tão idiota quanto discutível sobre Marega, mas numa altura em que o resultado estava praticamente definido.
A sorte, que veste azul e branco em 2020, também deu aquela força quando o Porto perdeu seus dois principais jogadores (o meia Sérgio Oliveira e o multi-homem Corona) para o clássico com o Sporting, mas dois também foi o número de pontos que o Benfica deixou pelo caminho em Vila Nova de Famalicão.
Afinal, como diria Nelson Rodrigues, "Sem sorte, não se come nem um Chicabon". Sem sorte, também não se levanta taças.
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