segunda-feira, 7 de setembro de 2020

BENFICA - a hora da verdade para Jorge Jesus


Já são menos de 30 os dias para que se conheça o fado do Benfica na Liga dos Campeões. Ou melhor, menos de um mês separa toda a gente da resposta para a pergunta que mais foi feita desde que Jorge Jesus aterrou em Portugal, de volta à Luz, em Portugal e no Brasil: o mister acertou ao deixar a idolatria que criou no Flamengo ao abraçar um novo desafio no futebol português?

Jorge Jesus não anda lá muito satisfeito com a falta de agressividade dos Encarnados no mercado. Afinal, o Flamengo era um tubarão na América do Sul e não tinha lá muitas dificuldades para atender os pedidos do treinador, coisa que não acontece para os lados do Cosme Damião, mesmo com o orçamento de €100 milhões à disposição para a montagem do elenco para atuar em grande em tantas quantas forem as provas na época que está para começar, sobretudo a Champions.

Não obstante haver tantos travões para seduzir os alvos de Jesus a oferecer o projeto desportivo no lugar dos milhões de euros em salários anuais, os dirigentes benfiquistas também não se desfazem dos jogadores excedentários. Se já não bastasse os nomes que já estavam no plantel e não continuarão, nomeadamente Carlos Vinícius, Seferovic, Jota e Cervi, ainda há os que retornam de empréstimo e que o clube tenta, sem sucesso por ora, colocar em outros clubes, que são os casos de Alfa Semedo, Ferreyra, Lema, Willock, Krovinovic, Fejsa e outros que andam aos treinos à parte.
Vendo malogradas as negociações por Cavani e até por antigos comandados no Mengão (o médio Gerson e o avançado Bruno Henrique), cujas multas indenizatórias impedem o Benfica de avançar, mesmo extrapolando o teto salarial a custo do pagamento de prêmios por assinatura, Jorge Jesus luta contra o relógio para montar uma equipa competitiva a ponto de discutir a eliminatória a sério com os gregos do PAOK de Abel Ferreira do próximo dia 15, em Salónica. E ainda haverá o Krasnodar, carrasco do FC Porto a esta mesma altura na época transata, pelo caminho que separa os cofres da Luz dos milhões da Champions.
Entre tantas dúvidas, a única certeza é que, se tombar antes de chegar à fase de grupos da Champions, o Benfica verá ainda mais limitado seu "poder de convencimento" e terá comprometido destarte seu projeto de reavivar a chamada “dimensão europeia”, aquela que Luís Filipe Vieira garantiu que recuperaria somente com o que floresce no Seixal e que, obviamente, mudou com a chegada de Jesus.
Basta saber se o nome do treinador será suficiente. Bem, ao cabo de setembro saberemos.

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