Sim, estou bêbado. Definitivamente, dei-me o direito de comemorar a vitória portuguesa sobre os tchecos, pelos quartos de final da Eurocopa 2012. A exemplo das edições de 1984, 2000 e 2004, a Selecção das Quinas chega às meias-finais do segundo torneio mais importante de seleções do mundo.
Para assistir ao duelo, escolhi a padaria do amigo Johnny, em Diadema. Diferentemente dos jogos da Barcelusa no ano passado, desta vez não houve os tradicionais tremoços, mas nem precisava. Entre um lance e outro, lá vinha ele com uma garrafa de Antarctica e uma boa história.
Foi uma partida relativamente tranquila. A República Tcheca atuou o tempo todo esperando por um erro da irregular linha defensiva de Portugal, o que não aconteceu. Pepe, Bruno Alves, João Pereira e, principalmente, Fabio Coentrão foram soberanos, garantindo ao guardarredes Rui Patrício o papel de espectador de luxo.
No meio, outra vez, Raul Meirelles foi gigantesco. Nem a contusão de Hélder Postiga foi sentida, já que Hugo Almeida, que eu não gosto, diga-se, fez uma partida acima do que costuma apresentar. Com ele, a defesa tcheca ficou enfiada na área, o que fez surgirem espaços para João Moutinho, Nani e Cristiano Ronaldo brilharem.
E foi o Puto Maravilha quem decidiu novamente. Duas bolas atiradas ao poste e um sem número de jogadas insinuantes, sempre buscando o golo. O capitão luso jogou mais do que fizera contra a Holanda, se é que isso era possível. Contra os Países Baixos, Ronaldo enfrentou um time aberto e desarrumado. Contra os tchecos, no entanto, teve um time fechado à frente. Não fosse pela atuação de Petr Cech, a vitória seria mais expressiva.
A atuação de hoje credencia o time de Paulo Bento ao título. Venceu com propriedade, com sobras. Uma vitória de time grande. Voltarei à padaria para as meias-finais, seja quem for o adversário, pois isso é o de menos. A dor de cabeça passa, a ressaca acaba, mas a alegria é eterna.
Aos sonhos, às taças e às armas, Portugal!
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