Estou há 15 minutos a olhar para o ecrã do meu computador. Um quarto de hora a tentar dizer o que se passa pela cabeça após a eliminação de Portugal na Euro 2012. É difícil. Complicado, principalmente quando existiam possibilidades reais de apuramento.
Poderia falar que a Selecção das Quinas caiu de pé, que lutou, que foi grande, que perdeu para um time que também mereceu e, como só pode passar um, passou a Espanha. Tudo baboseira. Derrotas são derrotas e doem, todas elas. Umas mais, outras menos, mas todas doem.
Ficar imaginando se o João Moutinho tivesse escolhido outro canto, se a bola chutada pelo Bruno Alves fosse um palmo para baixo ou se o chute do Fábregas fosse um bocadinho mais à esquerda não resolve nada. Apenas prolonga o sofrimento. Um sofrimento, aliás, que durou 120 longos minutos mais as penalidades.
Ronaldo no momento da última cobrança (Imagem: Reuters) |
O que resta a fazer é esperar pela Copa do Mundo, quando começará tudo de novo. A mesma angústia e a esperança de um desfecho diferente. E é assim que tem que ser. Esta é a beleza do esporte, inclusive nas derrotas.
1 comentário:
A questão de Portugal é mais complicada. Tudo começou em Alcace-Quibir, caro Marcos. A morte de D. Sebastião e o mito do sebastianismo fazem de Portugal um povo triste, fatalista e o futebol é expressão disso. O! Mar salgado, quanto de teu sal são lagrimas de Portugal.
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