A desolação de um gigante (David Ramos/Getty Images/Veja) |
A Copa das Confederações foi o último suspiro do mágico futebol praticado por La Furia. No inédito bicampeonato europeu de seleções, o time de Vicente Del Bosque chegou trôpego àquela decisão, mas atropelou a Itália na final com um inquestionável 4 a 0.
Durante as Eliminatórias a classificação veio sem maiores problemas, embora sem muito brilho, em um grupo no qual tinha como principal adversário a inconstante França, e mais um monte de seleções inexpressivas.
O sonho de quebrar a escrita do bicampeonato mundial seguido (o último foi o Brasil, em 1958 e 1962) ruiu de forma inacreditável. Na estreia, contra os holandeses, o time espanhol fazia uma partida tranquila até levar o gol de empate. Depois que tomou o segundo tento, entrou em parafuso e, em momento algum, pareceu ter forças para empatar.
O jogo seguinte era contra o perigoso Chile de Jorge Sampaoli. Uma Espanha com mudanças, com Xavi e Piqué no banco, mas sem identidade, que não era nem sombra do time que mostrou ao mundo um jeito novo de jogar bola. Casillas e Xavi, dois dos maiores expoentes dessa geração, terminaram como símbolos do seu final. Enquanto o goleiro, que completava a marca de 17 partidas disputadas em Copas do Mundo, no seu terceiro mundial, e assim superava o também mítico Andoni Zubizarreta, falhava clamorosamente no segundo gol chileno, o já lendário meia sequer saiu do banco de reservas.
Como eu escrevi neste mesmo blog (leia aqui) após a já citada derrota da estreia, este time não merecia um final tão triste. Em todo caso, em vez de aproveitar para tirar um sarro ou bancar o vidente do passado, considero mais digno agradecer pelos quase dez anos de um futebol mágico, que poderei dizer aos meus netos que vi. ¡Gracias, Furia!
Esta é a imagem que fica: um time que entrou para a história (Reuters) |
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