Foi em 2013. Durante a festa dos melhores do Campeonato
Brasileiro organizada pelo Mesa Redonda, uma terça-feira, a bomba do Caso
Heverton estourou. Os dias seguintes foram uma sucessão de cartas marcadas. O
julgamento da Rua da Ajuda, o posicionamento antecipado do procurador irregular
do STJD, as bobagens que a Portuguesa fez ao longo do processo. O rebaixamento.
A festa dos torcedores daquela porcaria de time do Rio de Janeiro, cujo nome
não pronuncio fora do ar. Tudo isso matou meu lado torcedor como um tiro bem no
meio do coração.
Desde então, me reservo o direito de não torcer para nada
que se refira ao futebol brasileiro. Virou trabalho e só trabalho. Quando eu
estive sem nada para fazer, após uma pessoa decidir na Portuguesa que não faço
o perfil do clube e, por isso, não servia para a função de assessor de
imprensa, era como se os jogos daqui não existissem. Nenhum deles.
Durante a Copa de 2014, voltei a ser torcedor. Por Portugal,
é claro. E contra o Brasil. Hoje eu volto a ser daqueles que brigam com a TV em
ocasiões especiais: Benfica, Portugal ou Brasil em campo. Nos dois primeiros
casos, torço, brigo, reclamo, comemoro. No caso da seleção da CBF, quero mais é
que exploda.
A cereja do bolo fétido expurgado pela turma que vem
roubando o futebol nacional está às portas. E nem é o 7 a 1 que, constrangido,
nem cheguei a comemorar. Apenas um riso solto após o apito final daquela
vergonha. Nem ficar, pela primeira vez na história, sequer entre os oito da
Copa América, que é uma grande porcaria. Será, num grupo de dez e com cinco
vagas à disposição, ficar de fora da fase final da Copa do Mundo.
A safra não é das melhores, o único craque não resolve
absolutamente nada e o "técnico" é autoexplicativo.
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Pode ser que troquem o Dunga pelo Tite, pelo Jorginho, pelo
diabo. Seguirei torcendo contra. Constrangido, mas satisfeito por ver a cara de
imbecis da pachecada que não vê, ou finge que não vê, que a culpa é de todo
mundo: menos do Dunga e de quem o escolheu, mas, sobretudo, de quem escolheu e
legitimou quem o escolheu.
Dunga
disse, na coletiva de pós-jogo, que foi eliminado por causa de um gol de mão. Não, professor! A mão que
te eliminou não foi a peruana. Foi a mesma que vem roubando o futebol do país há quase 30 anos.
Lucas Figueredo (MOVA PRESS) |
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