Por Leandro Marçal*
HERANÇA MALDITA? Denis é questionado após sucessivas falhas no gol tricolor (Juan Mabromata/Getty Images) |
Mas o que vai salvar Denis da próxima vez que o torcedor são
paulino fizer a mesma pergunta acima após uma provocação dos rivais? O peso de substituir um dos maiores nomes da história do São
Paulo já deixou de ser um argumento razoável há tempos e já não justifica mais
nada.
Cada bola aérea é um semi-infarto. Cada chute a gol me traz
mais medo do que o elevador do Hopi Hari. E as rebatidas? São como um cão pitbull
desconhecido vindo em minha direção numa rua qualquer.
Desconfio de qual seria a reação de Jó se um último teste
divino fosse ter o guarda-metas tricolor em algum amistoso em seu time no
antigo testamento. A cada jogo, Denis fica tão indefensável quanto esse
trocadilho com um goleiro.
Sua reação no gol é como a de quem acabou de tirar sua
carteira de habilitação e se assusta quando um ônibus buzina. É o medo da
morte. É a espera pela tragédia anunciada.
Com uma semifinal de Libertadores e todo um Campeonato
Brasileiro pela frente, o medo aumenta exponencialmente.
Esperamos que o sermão dos pais e da diretoria sejam suficientes para que ele pare de aprontar e que toda a classe não seja reprovada na disciplina Tetracampeonato da libertadores da América.
*Leandro Marçal é um jornalista de 24 anos, torce pelo Tricolor Paulista
e por um mundo menos hipócrita e com mais bom humor.
E, apesar do nome de sambista, é incapaz de tocar um reco-reco.
Ainda assim, é o Rei da Noite de São Vicente.
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