Por Alessandro Yara Rossi*
O grande Nacional Atlético Clube sagrou-se campeão pela terceira vez na sua
história quase centenária da Série A3 do Campeonato Paulista, ao vencer, em
pleno Major Levy Sobrinho, a Inter de Limeira pelo placar de 2 a 0 e ratificar
que realmente é um time que sabe muito bem jogar fora do Nicolau Alayon.
Os dois times já tinham garantido o tão sonhado acesso para
a Série A2 do ano que vem, só que nada melhor do que com a taça em mãos. E como
o Limeirão estava bonito ao receber 13 mil pessoas.
Desta vez, fui com 12 amigos torcedores da Almanac em uma
van rumo à bela cidade de Limeira, onde fomos recebidos com festa pelos amigos
da Leão Chopp. Um belo batuque foi feito, já que o Ministério Público proibiu a
frente dentro do estádio. Afinal, é muito perigoso torcer pelo time que tanto
gosta e fazer uma bela comemoração. Parabéns aos envolvidos, que sempre vão
pelo lado mais fácil, em vez de combaterem com efetividade.
Deixando de lado este ponto, o jogo começou e o Naça apostou
novamente em Laécio no comando de ataque e o artilheiro Leo Castro. Nos
primeiros 20 minutos, porém, a Inter foi superior, dominando todas as ações de
ataque e o Naça não acertava um passe.
Comentei na arquibacanda que estava adorando tudo aquilo e
logo mais o Nacional acharia um gol para pressionar e desestabilizar o
adversário.
Antes, Diego Caparroz, um amigo que estava ao meu lado,
cravou: o gol do título seria feito por Negueba, que até então, não tinha
balançado as redes em nenhuma partida da competição. Não acreditei, mas tudo
bem, o importante era a vitória acima de tudo.
Depois de suportar a pressão do Leão, o Naça começou a se
soltar mais em campo e conseguiu uma falta perigosa. Éder Loko cobrou com
perigo e o goleiro Rafael espalmou pra escanteio. O próprio meia cruzou na área
e novamente Laécio aos 28 minutos apareceu em um momento decisivo, para fazer
de cabeça um belo gol.
Tudo que o Nacional precisava para chegar tranquilo ao
intervalo e mudar a pressão para o lado do adversário.
Diferente de Olímpia, que vivi muita tensão a cada lance,
este jogo fui bem mais sossegado e com muita confiança que o Naça faturaria o título,
pois nas quartas fez 3 a 1 no Rio Branco em Americana e na semifinal eliminou o
time de melhor campanha nos pênaltis.
Coração de torcedor é igual ao de mãe: não se engana.
Logo no começo da etapa final, o time da capital fez uma
bela triangulação e após lançamento Negueba dominou, invadiu a área e chutou
cruzado na saída do goleiro para confirmar a profecia do meu amigo: 2 a 0
Nacional e agora era só segurar a vantagem.
Após isso, voltamos à pressão da Inter de Limeira para
chegar ao primeiro gol e tentar forçar ao menos os pênaltis, com muitos
cruzamentos e jogadas rápidas pelo meio, mas a defesa do Naça estava firme e
bem postada, sem dar espaço e fora o goleiro Felipe, que quando exigido foi
bastante seguro.
O contra-ataque era todo nosso e algumas chances foram
desperdiçadas, mas parecia que a Inter poderia ficar um tempão que não marcaria
nenhum gol naquela noite. Se o jogo estivesse acontecendo ainda, haveria um
zero no placar do Limeirão.
Nem mesmo os cinco minutos de acréscimo me tiraram a tranqüilidade,
e logo vi os torcedores caindo em prantos pela conquista tão inesperada.
Com o apito final, a festa era nossa! Segundo título do Naça
que presencio no campo e para coroar um primeiro semestre de muitas viagens,
loucuras e amor por este esporte chamado futebol (terceira melhor invenção do
homem).
Novamente muito obrigado, Nacional Atlético Clube, por esta
alegria. Agora é descansar por um mês, já que em julho começa a caminhada na
Copa Paulista, valendo uma vaga para a Série D do Brasileiro ou na Copa do
Brasil!
*Alessandro Yara Rossi é jornalista, respira futebol e é fã de esportes alternativos. E tem orgulho de carregar o Naça no peito!
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