quarta-feira, 31 de maio de 2017

Amor, profecia e festa. Nacional campeão!

Por Alessandro Yara Rossi*


O grande Nacional Atlético Clube sagrou-se campeão pela terceira vez na sua história quase centenária da Série A3 do Campeonato Paulista, ao vencer, em pleno Major Levy Sobrinho, a Inter de Limeira pelo placar de 2 a 0 e ratificar que realmente é um time que sabe muito bem jogar fora do Nicolau Alayon.

Os dois times já tinham garantido o tão sonhado acesso para a Série A2 do ano que vem, só que nada melhor do que com a taça em mãos. E como o Limeirão estava bonito ao receber 13 mil pessoas.


Desta vez, fui com 12 amigos torcedores da Almanac em uma van rumo à bela cidade de Limeira, onde fomos recebidos com festa pelos amigos da Leão Chopp. Um belo batuque foi feito, já que o Ministério Público proibiu a frente dentro do estádio. Afinal, é muito perigoso torcer pelo time que tanto gosta e fazer uma bela comemoração. Parabéns aos envolvidos, que sempre vão pelo lado mais fácil, em vez de combaterem com efetividade.

Deixando de lado este ponto, o jogo começou e o Naça apostou novamente em Laécio no comando de ataque e o artilheiro Leo Castro. Nos primeiros 20 minutos, porém, a Inter foi superior, dominando todas as ações de ataque e o Naça não acertava um passe.

Comentei na arquibacanda que estava adorando tudo aquilo e logo mais o Nacional acharia um gol para pressionar e desestabilizar o adversário.

Antes, Diego Caparroz, um amigo que estava ao meu lado, cravou: o gol do título seria feito por Negueba, que até então, não tinha balançado as redes em nenhuma partida da competição. Não acreditei, mas tudo bem, o importante era a vitória acima de tudo.

Depois de suportar a pressão do Leão, o Naça começou a se soltar mais em campo e conseguiu uma falta perigosa. Éder Loko cobrou com perigo e o goleiro Rafael espalmou pra escanteio. O próprio meia cruzou na área e novamente Laécio aos 28 minutos apareceu em um momento decisivo, para fazer de cabeça um belo gol.

Tudo que o Nacional precisava para chegar tranquilo ao intervalo e mudar a pressão para o lado do adversário.

Diferente de Olímpia, que vivi muita tensão a cada lance, este jogo fui bem mais sossegado e com muita confiança que o Naça faturaria o título, pois nas quartas fez 3 a 1 no Rio Branco em Americana e na semifinal eliminou o time de melhor campanha nos pênaltis.

Coração de torcedor é igual ao de mãe: não se engana.

Logo no começo da etapa final, o time da capital fez uma bela triangulação e após lançamento Negueba dominou, invadiu a área e chutou cruzado na saída do goleiro para confirmar a profecia do meu amigo: 2 a 0 Nacional e agora era só segurar a vantagem.

Após isso, voltamos à pressão da Inter de Limeira para chegar ao primeiro gol e tentar forçar ao menos os pênaltis, com muitos cruzamentos e jogadas rápidas pelo meio, mas a defesa do Naça estava firme e bem postada, sem dar espaço e fora o goleiro Felipe, que quando exigido foi bastante seguro.

O contra-ataque era todo nosso e algumas chances foram desperdiçadas, mas parecia que a Inter poderia ficar um tempão que não marcaria nenhum gol naquela noite. Se o jogo estivesse acontecendo ainda, haveria um zero no placar do Limeirão.

Nem mesmo os cinco minutos de acréscimo me tiraram a tranqüilidade, e logo vi os torcedores caindo em prantos pela conquista tão inesperada.

Com o apito final, a festa era nossa! Segundo título do Naça que presencio no campo e para coroar um primeiro semestre de muitas viagens, loucuras e amor por este esporte chamado futebol (terceira melhor invenção do homem).


Novamente muito obrigado, Nacional Atlético Clube, por esta alegria. Agora é descansar por um mês, já que em julho começa a caminhada na Copa Paulista, valendo uma vaga para a Série D do Brasileiro ou na Copa do Brasil!

*Alessandro Yara Rossi é jornalista, respira futebol e é fã de esportes alternativos. E tem orgulho de carregar o Naça no peito!

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