segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Providencial

A Lusa conquistou uma vitória providencial no Brasileirão, sobre o Inter, no Beira-Rio. O 2 a 0 imposto pelos comandados de Geninho foi o terceiro triunfo fora de casa em todo o certame. Já havia vencido o Santos, no Pacaembu, e o Grêmio, pelo mesmo placar do jogo de hoje, no Olímpico. Curiosamente, dois jogos em Porto Alegre e seis pontos na algibeira rubro-verde.

A vitória chega num momento dos mais dramáticos. Caso perdesse, estaria praticamente fadada ao descenso, pois dependeria de o Sport perder para o Náutico na última rodada. Eu duvido, do âmago da minha alma, que o Náutico venceria o clássico com o Sport a correr riscos de despromoção, por mais leviano que isso pareça.

Mais uma vez a Lusa não foi brilhante, embora fosse taticamente eficiente. Nem precisava, pois o Internacional é o time mais estranho do campeonato. Tem um elenco estelar, com D'Alessandro, Forlan, Leandro Damião e Guiñazu, e todos estiveram em campo. Poderia ter enfiado cinco na Lusa com a mesma naturalidade que perdeu.

A Portuguesa apresentou os mesmos problemas de sempre. Boa posse de bola, um volume de jogo interessante, mas a mesma profundidade de piscina infantil que caracterizou o time durante o campeonato. Tanto que os dois golos saíram em falhas individuais do time do Sul. Depois tratou de administrar o resultado, tarefa que pode ter sido facilitada pela apatia do contrário, mas que teve os méritos do treinador, que não cometeu os mesmos equívocos do jogo diante do Grêmio, quando uma vitória praticamente certa quase se transformou em uma derrota.

De equipa desacreditada, a Lusa passa a ter quase garantida sua permanência na elite. Agora falta um ponto. Apenas um. Se tudo der certo, ainda pega uma quase milagrosa vaga para a Copa Sul-Americana. Mas não é o objetivo. Este continua sendo evitar o rebaixamento. Qualquer coisa a mais que isso será lucro. E que os erros cometidos na formação do elenco, que não tem um meia sequer de ofício, sirvam de exemplo para que a Portuguesa volte a ser grande.

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