Fui dormir tarde. Como todos os dias, esperei para ver o jornal do SBT. Estava sentindo algo estranho, só não sabia o que era. No meio do jornal, Carlos Nascimento, uma das minhas referências na profissão, deu a notícia que já esperávamos, mas que ninguém queria ouvir:morreu Joelmir Beting.
Joelmir Beting foi outra referência, não só na profissão que, graças a Deus, ele escolheu para ganhar a vida, mas por causa do seu exemplo de como vivê-la. Nasceu no interior paulista, na pequena Tambaú. Começou boia-fria e fez do seu trabalho, somente do seu trabalho, sua forma e razão de existir.
Não que eu seja alguma espécie de especialista em economia, mas se hoje eu consigo entender um pouquinho só que seja da arte de torturar os números até que eles confessem, como o próprio Joelmir dizia, devo isso à sua linguagem simples e direta.
Joelmir parte com o coração partido por causa do seu Palmeiras, que prepara uma homenagem a um dos seus mais ilustres torcedores. A melhor forma de fazê-lo, porém, não seria com uma camisa, mas com a formação de um time digno. Digno como foi o amor pelo Palmeiras. Amor este que o tirou da crônica esportiva após um Corinthians e Palmeiras, quando deu banana para a torcida corintiana após o gol da vitória palestrina no Derbi.
A despeito do aniversário do meu irmão, hoje é um dia triste. Mesmo sendo um dia ensolarado e bonito. Hoje é um dia triste. Morreu Joelmir Beting.
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