sábado, 8 de agosto de 2020

Centenário da Portuguesa - os 100+11 da história da Lusa - parte 2

Após o vice-campeonato de 1940, que fechou muito bem a década do bicampeonato paulista, os anos 1940 começam com campanhas ruins, que culminaram na reformulação completa do elenco rubro-verde. A segunda metade da década, portanto, é a preparação para o período de maiores glórias da Lusa, com a chegada de craques como Muca, Ceci, Brandãozinho, Djalma Santos, Renato, Nininho, Pinga e Simão.  

Os anos 1950 marcam os anos de ouro da Portuguesa de Desportos. É neste período que o time ganha seus dois primeiros títulos de repercussão nacional, o Torneio Rio-São Paulo em 1952 e 1955, a Taça San Isidro, e as três Fitas Azuis, comenda ofertada pelo jornal A Gazeta Esportiva para clubes que se mantivessem invictos por pelo menos 10 jogos em excursões para o exterior, além das históricas goleadas por 8 a 0 contra o Santos e 7 a 3 sobre o Corinthians. Também é quando a Portuguesa cede oito jogadores para a Seleção Paulista.

Nesta goleada contra o alvinegro da capital, a escalação virou uma espécie de oração, professada por todo torcedor: Muca, Nena e Noronha; Djalma Santos, Brandãozinho e Ceci; Julinho Renato, Nininho, Pinga e Simão. Amém.

Brandãozinho 
(1949/1956)
Um dos maiores volantes da história do futebol brasileiro, Antenor Lucas chegou à Lusa vindo de outra Portuguesa, a santista, como a transação mais cara do futebol brasileiro até então. Ao lado de Djalma Santos e Ceci, formou a maior linha média que o time rubro-verde já teve. Levantou também o Rio-São Paulo em 52 e 55 e esteve nas excursões que resultaram nas fitas azuis conquistadas pela Portuguesa em 1951 e 1953. Não participou da última, em 1954, por estar servindo à Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Suíça, ao lado de Djalma Santos e Julinho. Foi por causa de Brandãozinho que outra lenda do futebol mundial, Djalma Santos, foi deslocado para a lateral direita, posição na qual se tornou o maior de todos os tempos. 

Brandãozinho foi um dos três jogadores da Lusa, ao lado de Djalma Santos e Renato, em campo pela Seleção Paulista na inauguração do Maracanã, quando os paulistas venceram os cariocas por 3 a 1. Apesar de atuar numa função basicamente defensiva, Brandãozinho conseguiu marcar 21 gols, um número razoável, nos 288 jogos de que tomou parte. Foi campeão Pan-americano pela Seleção Brasileira em 1952.   

Leia também: 
Centenário da Portuguesa - os 100+11 da história da Lusa - parte 1

Cabeção 
(1955/1957)
Reserva de Castilho na Copa do Mundo de 1954, Luiz Morais chegou no ano seguinte à Portuguesa. Vestindo a camisa da Lusa, foi campeão do Torneio Rio-S. Paulo em 1955. 

 

Ceci 
(1950/1956)
Só o fato de ter integrado a principal equipe da história da Portuguesa já daria a Otacílio Henrique do Amparo um lugar cativo entre os maiores jogadores da história da Lusa, mas Ceci fez muito mais que isso. Participou com destaque da campanha da Tri-Fita Azul. Sob o manto rubro-verde ele conquistou o Rio São Paulo em 1952 e 55. Ceci começou como meia no Villa Nova-MG, tendo jogado também como volante no Cruzeiro, o que fez dele um jogador completo. Ceci só não foi à Copa de 54, ao lado de Brandãozinho, Djalma Santos e Julinho, porque o técnico Zezé Moreira preferiu José Carlos Bauer, o Monstro do MaracanãEsteve em campo 214 vezes com a Cruz de Avis ao peito e marcou sete gols.  

 

Ditão 
(1958/1965)
Geraldo Freitas do Nascimento foi vice-campeão paulista pela Lusa em 1960. Em 1964, fez o primeiro gol no jogo decisivo contra o Santos, vencido pelos santistas por 3 a 2, sob fortíssima chuva na Vila Belmiro. Na ocasião, o árbitro Armando Marques não anotou um pênalti claro para a Lusa, cometido por Ismael em Ivair, quando o placar estava igual em dois gols. Ditão, um dos poucos jogadores da história da Lusa a acumular mais de 400 partidas pelo clube (402 e 12 gols), não foi um dos zagueiros convocados para a Copa de 66 porque, por engano, teria sido chamado seu irmão, também Ditão (ambos herdaram o apelido do pai, que foi zagueiro do Juventus), que jogava no Flamengo.   

 

Djalma Santos 
(1948/1959 e 1972)
Tido para muitos como o maior jogador da história da Portuguesa, Dejalma dos Santos começou na Lusa como zagueiro, quando era treinado pelo uruguaio Conrado Ross. Virou centro-médio, mas passou a atuar na lateral-direita para dar lugar à nova contratação, Brandãozinho, que viera a peso de ouro da Portuguesa santista. Na nova função, Santos (que virou Djalma Santos quando serviu à Seleção com outro Santos, o Nilton, do Botafogo) não só virou dono absoluto do setor como transformou-se no melhor lateral-direito da história do futebol mundial. Pela Seleção, disputou todas as Copas do Mundo entre 1954 e 1966 (as duas primeiras como jogador da Lusa), tendo marcado o gol do Brasil nas quartas-de-final de Copa de 54, na Suíça, contra a poderosa Hungria, de Puskas, HidegkutiCziborKokcsis e Kubala. Foi eleito, na Copa seguinte, o melhor de sua posição, mesmo jogando apenas a final, contra a Suécia. Com a camisa da Lusa, Djalma Santos conquistou o Torneio Rio-São Paulo em 1952 e 1955, além das Fitas Azuis de 51 e 53 (não participou da última, no ano seguinte, por estar, ao lado dos igualmente lendários Brandãozinho e Julinho, com o grupo que disputou a Copa de 54). Transferiu-se para o Palmeiras em 1959, mas ainda voltou a vestir o manto rubro-verde pela última vez em 1972, num amistoso contra a Seleção do Zaire, que fez parte dos festejos da inauguração do então estádio Independência (hoje o Canindé). Dono de um vigor físico notável, ele foi um dos primeiros jogadores a cobrar o arremesso lateral como um cruzamento na área adversária. Nos seus mais de 20 anos de futebol, nunca foi expulso, recebendo assim o prêmio Belford Duarte e foi, durante mais de 40 anos, o jogador que mais vestiu a camisa da Lusa, com 434 aparições (e 33 gols), sendo superado apenas pelo volante Capitão, outra glória rubro-verde. Ao lado de Brandãozinho e Renato, Djalma Santos foi um dos representantes da Lusa pela Seleção Paulista que venceu o Rio de Janeiro por 3 a 1 na inauguração do estádio do Maracanã.  

 

Edmur 
(1953/1957)
Dono de uma média de gols respeitável pela Portuguesa (87 em 179 jogos), o carioca Edmur Pinto Ribeiro foi campeão do Rio-São Paulo de 1955 e artilheiro da competição, com 11 gols marcados. Como jogador da Lusa, o atacante defendeu a Seleção Brasileira que ganhou a Taça Oswaldo Cruz no mesmo ano. Edmur viveu o apogeu da carreira no Vitória de Guimarães, de Portugal, onde a sala de troféus do estádio Don Afonso Henriques, na “Cidade Berço”, tem seu nome.   

 

Hermínio 
(1950/1962)
Um dos jogadores com mais jogos disputados pela Lusa, o zagueiro Hermínio dos Anjos vestiu a camisa lusa 325 vezes durante os mais de dez anos que passou pelo clube, participando da sua década de ouro. Hermínio foi um dos grandes marcadores do Rei Pelé e no início dos anos 1980 dirigiu as categorias de base do clube. Foi bi-campeão do Rio-São Paulo, recebeu as Fitas Azuis e tem lugar garantido na galeria de craques da Portuguesa de Desportos. Com a cruz de Avis ao peito, anotou sete gols.  

 

Ipojucan 
(1954/1960)  
Referenciado pelos gols que marcou defendendo as cores do Vasco da Gama, o alto e habilidoso Ipojucan Lins de Araújo não decepcionou quando vestiu a camisa do outro grande clube ligado à colônia portuguesa no Brasil. Foram 52, em 218 jogos, ao longo dos seis anos dedicados às cores rubro-verdes. 

 

Julinho 
(1951/1955)
Quando o alto-falante do estádio do Maracanã anunciou o nome de Julinho, no lugar de Mané Garrincha, no time do Brasil que enfrentaria a Inglaterra, mais de cem mil vozes se uniram para vaiar o atacante. Bastaram apenas três minutos, porém, para que os primeiros apupos virassem aplausos. Ao fim do jogo, o que se vira no gramado do Mário Filho fora uma das mais antológicas atuações individuais da história do então maior estádio do mundo. Assim era Julio Botelho. Em silêncio, o jogador conquistou seu espaço quando chegou à Portuguesa, vindo do Juventus, em 1951. Anos depois, já com a Copa de Mundo de 1954 no currículo, era vendido à Fiorentina, da Itália, onde ainda hoje é reverenciado e considerado o melhor jogador da história da Viola. 

Da mesma estirpe de gênios como Djalma Santos e Brandãozinho, Julinho marcou época na Portuguesa e é o maior ponta-direita da história lusa, e um dos maiores de todos os tempos. No histórico 7 a 3 sobre o Corinthians, em 1952, Julinho marcou quatro dos mais de cem gols que anotou pela Lusa, o que por pouco não pôs termo à carreira do jovem goleiro Gilmar, que faia história defendendo o próprio Corinthians, Santos e Seleção Brasileira. Vestindo a camisa rubro-verde, Julinho inicia a cantada e decantada linha ofensiva que marcou época na década de 1950: Julinho, Renato, Nininho, Pinga e Simão. Genial dentro de campo e extremamente educado fora dele, achou que seria injustiça tirar o lugar de algum jogador que atuasse no Brasil e, por estar jogando na Itália, declinou à convocação para a Copa de 1958, abrindo espaço para o chamamento de um ponta-direita que se destacava no Botafogo: Garrinha. Quatro anos mais tarde, não aceitou nova convocação por estar machucado, preferindo ver Jair da Costa, que jogava na Portuguesa, em seu lugar. Julinho foi bicampeão do Torneio Rio-São Paulo, em 1952 e 1955, além de ter participado de duas das três campanhas que resultaram na Tri-Fita Azul da Lusa. Julinho é um dos poucos jogadores a vencer a marca de 100 gols com o manto rubro-verde. Foram 101, nos 191 jogos em que atuou.  

 

PS: no restaurante frequentado por Julinho, em Florença, há uma mesa sempre sem fregueses com a seguinte inscrição: “Qui sedava il signor Julio Botelho (Aqui sentava-se o senhor Julio Botelho)”  

 

Juths 
(1957/1962)
Entre os anos de 1957 e 1962 a Portuguesa contou com o futebol de Juths na lateral-esquerda. A missão era das mais espinhosas, pois ele chegara para substituir Ceci, titular absoluto nos sete anos anteriores, no time considerado o maior esquadrão que a Lusa já montou. Foram 226 jogos e 21 gols marcados sob o manto verde-encarnado, além do vice-campeonato paulista em 1960.  

 

Lindolfo 
(1952/1956)
Lindolfo Mario de Pádua Melo, o “Goleiro Acrobata”, recebeu o apelido por se pendurar no travessão quando a bola passava por sobre seu arco. Revezava com Muca na titularidade da meta rubro-verde, tanto que, na conquista da segunda das Fitas Azuis, em 1953, era ele quem iniciava a escalação.  

 

Muca 
(1950/1953) 
Aquele que é tido como o maior “onze” da história da Portuguesa tem o nome do paranaense Levy Baldarassi no gol (Muca, Nena e Noronha...)O goleiro, campeão do Rio-S. Paulo em 1952, participou das históricas excursões de 1951 e 1953, que renderam duas das três Fitas Azuis. Era Muca o guardarredes luso na conquista da Taça San Isidro, em 1951. 

 

Nena 
(1951/1956)
Olavo Rodrigues Barbosa, o Nena, chegou à Portuguesa em 1951 após fazer parte do vitorioso time do Internacional de Porto Alegre que ficou conhecido como o “Rolo Compressor” e, com a camisa da Lusa, formou a melhor linha defensiva da história do clube ao lado de outro gaúcho, Noronha. Pela Lusa, venceu o Rio-S. Paulo de 1952 e participou da conquista das três fitas azuis. Após encerrar a carreira, com 268 jogos disputadosNena ainda foi técnico das categorias de base e do time principal da Portuguesa.  

  

Nininho
(1945/1954) 
O atacante Nininho marcou mais de 130 gols (foram 132 em 263 patidas) com a camisa da Portuguesa e apenas é superado pelos lendários Pinga e Enéas, fato que, por si só, já lhe garantiria um lugar entre os maiores nomes que já envergaram o manto rubro-verde. Mas Antonio Francisco fez mais que isso: era ele o centroavante do maior “onze” da história da Lusa, formando uma linha de ataque letal ao lado de Julinho, Renato, Pinga e Simão. Foi como jogador da Lusa, ao lado de Simão, que Nininho foi campeão da Copa América em 1949 pela Seleção Brasileira. Ambos foram titulares e o centroavante marcou três gols.   

 

Noronha 
(1951/1952)
Após marcar época com a camisa do São Paulo, onde formou a célebre linha média com Rui e José Carlos Bauer, o gaúcho Alfredo Eduardo Ribeiro Mena Barreto de Freitas Noronha chegou à Portuguesa para brilhar ao lado de Nena na defesa lusa. Embora tenha feito poucas partidas pela Rubro-Verde, 34, Noronha, que a exemplo de seu companheiro de zaga esteve no elenco que disputou a Copa de 1950, conquistou títulos com a camisa lusitana: o San Isidro em 1951 e o Rio-S. Paulo, no ano seguinte.   

 

Odorico 
(1957/1962)
Odorico de Araújo Goulart deu sequência à linhagem de defensores gaúchos que atuaram na Portuguesa nos anos 1950 e 1960, como Nena e Noronha. Na Lusa, atuou ao lado das lendas Djalma Santos, Brandãozinho e Servílio, e ainda balançou as redes 15 vezes nos 231 jogos em que participou.   

 

Ortega 
(1953/1955)
O meia argentino Ortega foi o pivô de uma das maiores brigas da história do futebol brasileiro, quando foi atrapalhar a reposição de bola do goleiro do Botafogo em partida válida pelo Torneio Rio-S. Paulo de 1954. A Lusa vencia por 3 a 1 e o lance ocasionou uma confusão generalizada e a expulsão dos 22 jogadores que estavam em campo, entre eles o genial Mané Garrincha. Além disso, os quase 100 jogos (91, com 35 gols), o título do Rio-S. Paulo de 1955 e a Fita Azul do ano anterior garantem ao meia um lugar entre os imortais da Lusa.   

 

Pinga I 
(1944/1953)
Levado à Portuguesa pelo irmão mais velho, Arnaldo, José Lázaro Robles é o maior artilheiro da história da Lusa, com 202* tentos anotados em 270 jogos. Ponta-de-lança (o camisa 10) daquele que é considerado o maior esquadrão da história lusitanaPinga (passou a se chamar Pinga I quando seu irmão, também apelidado de Pinga, chegou à Portuguesa, onde jogou como Pinga II e teve relativo sucesso) foi artilheiro do Paulistão de 1950 com 22 gols. Quando vestiu a camisa da Lusa, balançou as redes por mais de 200 vezes, embora existam informações desencontradas sobre o número de gols anotados pela Portuguesa. Defendendo as cores lusitanas, foi campeão do Rio-S. Paulo em 1952 e, no ano anterior, conquistou a primeira Fita Azul. Pela Seleção Brasileira, foi campeão Pan-Americano de 1952 e esteve, já como jogador do Vasco, no grupo que disputou a Copa do Mundo de 1954, na qual reencontrou seus antigos companheiros de esquadrão luso Brandãozinho, Djalma Santos e Julinho.  

*segundo o Almanaque da Lusa. Algumas publicações apontam 284 gols, mas não há confirmação. 

 

Pontoni 
(1952/1953)
René Alejandro Pontoni foi um dos maiores jogadores da história do futebol argentina e, a exemplo de toda a sua geração, que contava com craques como Di StáfanoLabrunaLostau, Moreno, Muñoz, Pedernera e Sivori, teve o sucesso limitado pelo hiato das Copas do Mundo, entre 1942 e 1946, causado pela Segunda Guerra Mundial. Chegou, inclusive, a colocar o mítico Di Stéfano no banco de reservas da Albiceleste durante um dos três Campeonatos Sul Americanos de seleções que disputou (e venceu). Pela Lusa atuou pouco (17 jogos e cinco gols), mas notabilizou-se por ter sido o ídolo de infância do Papa Francisco quando defendeu o San Lorenzo.     

 

Renato 
(1945/1955)
Outro jogador que fez parte da mágica linha ofensiva dos anos 1950, o meia Renato Violani jogou na Lusa por mais de uma década, justamente a época de ouro do futebol luso. Além de ter feito muitos gols (112 em 306 partidas), Renato participou das maiores conquistas da equipe lusa, como os Rio-São Paulo de 1952 e 55, a San Isidro, em 1951, e a Tri-Fita Azul, fazendo parte das três. Na última delas, em 54, despertou o interesse do futebol francês, mas resolveu ficar na Lusa. Foi um dos nove jogadores da Portuguesa que formaram a base da Seleção Paulista em 1952 e um dos três que a Lusa cedeu para o selecionado estadual que bateu o Rio de Janeiro na inauguração do Maracanã.   

Servílio 
(1957/1963)
O atacante Servílio de Jesus Filho ficou conhecido como o Filho do Bailarino por causa do apelido do seu pai, então jogador do Corinthians. Um dos maiores atacantes que a Portuguesa já teveServílio é recordista de gols numa mesma partida, tendo marcado seis gols na vitória de 9 a 3 sobre a Portuguesa santista, em 1959, no campo do adversário. Ele já havia marcado por quatro vezes em duas ocasiões, contra Guarani e Ponte Preta. Também fez cinco de uma tacada só sobre a Ferroviária. Tantos gols o levaram à Seleção Paulista, onde foi campeão nacional de seleções em 1960 formando um dos ataques mais poderosos da história, com Julinho (Palmeiras), Chinesinho (Palmeiras), Pelé (Santos) e Pepe (Santos), e ainda foi o artilheiro da competição. Com 128 gols nos 218 jogos em que atuou, Servílio é o quarto maior marcador da história da Lusa.   

Sílvio
(1957/1963 e 1966/967)
O paulistano Sílvio Faria está na seleta lista dos maiores artilheiros da história da Portuguesa, com incríveis 116 gols em 195 jogos, tendo formado uma dupla de ataque mortal com seu grande amigo Servílio, outro avançado que rompeu a marca centenária, estando logo abaixo dele na lista de artilheiros do clube 

 

Simão
(1945/1953 e 1956/1957) 
O pernambucano Simão Pedro Aquino de Araújo é considerado o maior ponta-esquerda da história da Portuguesa. Ele fecha a escalação que todo amante do futebol sabe de cor e salteado” (Muca, Nena e Noronha; Djalma Santos, Brandãozinho e Ceci; Julinho, Renato, Pinga, Nininho e Simão). Ele chegou à Portuguesa com apenas 17 anos após se destacar no Sport Recife. Na Lusa, conquistou a primeira das Fitas Azuis, em 1951, e o Rio-São Paulo da temporada seguinte. Antes, foi campeão sul-americano pela Seleção Brasileira em 1949, marcando cinco gols na competição. Pelo time hoje instalado no Canindé, foram 47 em 229 jogos. 

  

Valter 
(1953/1954)
O zagueiro Valter fez parte da época de ouro da Lusa, no início dos anos 1950 e conquistou as fitas azuis de 1953 e 1954, mas teve sua passagem abruptamente interrompida quando passou mal no final do jogo contra o Ypiranga, no dia 22 de agosto de 1954, no Parque Antártica, vindo a falecer horas depois

Zinho  
(1947, 1949/1951 e 1953/1957)
No timaço da primeira metade dos anos 1950, em muitos jogos é possível encontrar o nome de Zinho completando a linha média com Djalma Santos e Brandãozinho. Campeão do Rio-São Paulo de 1955 e integrante da equipe nas delegações que conquistaram as Fitas Azuis em 1951 e 54, Zinho jogou 104 partidas pela Lusa.

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