quinta-feira, 26 de julho de 2012

A música entra em campo e conta como Moreira da Silva salvou Pelé



*por Vinicius Rodrigues

Considerado o último malandro a moda antiga e um dos precursores do samba-de-breque, Moreira da Silva (1902-2000) tem uma importância fundamental no título da Seleção Brasileira em 1970, no México. Mais especificamente na partida contra a Inglaterra. 

Pelo menos, Morengueira tinha essa importância na cabeça do jornalista e compositor Miguel Gustavo, um dos parceiros mais importantes de Moreira. Foi dele a ideia de criar essa faceta heróica ao sambista. Antes de ser agente secreto e salvar Pelé, o malandro já tinha dado as caras no velho oeste encarnando a figura do justiceiro Kid Morengueira. Anos mais tarde seria gangster e acabaria com a quadrilha de Al Capone e depois daria um pulo no Brasil para ser o Rei do Cangaço. 

O enredo do samba é que Bond, James Bond, recebe a missão de sequestrar Pelé para que a Inglaterra tivesse o caminho mais fácil no mundial de 1970, tendo assim, maiores chances de se sagrar bicampeã. 

Acompanhando 007 estava Claudia Cardinale. Os dois se hospedam na concentração do Santos e, à beira da piscina, o rei do futebol e a atriz protagonizam um romance que deixa Bond furioso. O inglês tira o soco inglês e parte para cima de Pelé. Mas ele não contava com o agente brasileiro Moreira da Silva que, além de salvar o camisa 10, prender o maior agente do mundo no DOPS e desperta o amor de Cardinale após um dia de pif-paf no Guarujá e uma bela pizza no Brás. 






No fim das contas o Brasil derrotou a Inglaterra na Copa de 70 pelo placar de 1 x 0, gol de Jairzinho após passe de Pelé. Naquele mesmo ano, Miguel Gustavo assinaria uma composição mais conhecida do torcedor nacional: “Pra Frente Brasil”. 

Salve Morengueira e o samba-de-breque, Miguel Gustavo e Pelé, é claro! Semana que vem tem mais!

Texto originalmente publicado no blog Paixão Clubística

*Vinícius Rodrigues, 24 anos, é  corintiano, boêmio e jornalista, 
nesta ordem, e, se pudesse escolher, queria ser João Nogueira.

Sem comentários: