O dia 04 de julho de 2012 tem tudo para ser histórico. O Corinthians (que não é Brasil coisa nenhuma) pode ser campeão da Libertadores pela primeira vez, realizando o sonho de consumo de 157 em cada 157 corintianos na face da Terra.
Para tanto, o técnico Tite, que sobreviveu à precoce eliminação frente ao simpático time do Tolima, na pré-Libertadores de 2011, conseguiu montar um time compacto, aguerrido e que joga com a alma, acima de qualquer coisa. Pode não ser um time brilhante, mas o Corinthians atual é o mais fiel reflexo da sua história.
Superou adversidades, como a troca do questionável Julio César pela grata surpresa Cássio, que livrou o time da eliminação diante do Vasco no mesmo Pacaembu que será palco da decisão de logo mais. Tite baseia seu jogo na forte marcação e na saída de bola de extrema qualidade nos pés de Paulinho e Ralf, os diferenciais e maiores reservas técnicas da equipe.
Depois do Vasco, a classificação contra o atual campeão Santos deitou por terra todas as dúvidas quanto ao poderio do Alvinegro do Parque São Jorge. Dois jogos nervosos, como toda decisão deve ser.
Para conquistar a América pela primeira vez e acabar com uma das últimas piadinhas desabonadoras que ainda restam, o Corinthians terá pela frente o assustador Boca Juniors, bicho-papão das Américas no início do século e que, depois de anos montando times medonhos, chega forte, jogando razoavelmente em casa e meticulosamente fora. Foi assim que chegou à decisão.
Mesmo que as chances de nuestros hermanos passem pelos pés pensantes do já mítico Riquelme, não se pode desprezar de forma alguma a mística e a força do time xeneize, que impõe respeito por si só.
Time por time, o Corinthians é melhor, mas que não pense que entra em campo favorito, ainda mais depois do excelente resultado na Bombonera. Terá que manter a mesma maturidade e, principalmente, humildade demostradas até agora. Caso contrário, terá dado o primeiro - e decisivo - passo para perder o título para um time absolutamente acostumbrado à estar no cume da América.
De minha parte, impossível ficar alheio. Naturalmente torcerei pelo time argentino, como sempre faço na Libertadores. Isso não é inveja coisa nenhuma, é rivalidade. E é essa rivalidade que torna o esporte mais bonito. Bonito como será a festa caso o Corinthians ganhe. Bonito (mais ainda) como será se a taça for pela sétima vez para o time que veste azul e amarelo, assim como o Brasil.
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